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Deputado propõe lei para proteger ritmo Lambadão do preconceito em MT veja

Projeto de lei que define Lambadão como movimento cultural é de Guilherme Maluf

18e9ba695cefb12e0c5f5d4fdab904c4O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) apresentou projeto de Lei para definir o Lambadão como movimento cultural e musical de caráter popular. Segundo o tucano, fica incluída nesta definição a música, o jeito de executar os instrumentos, bem como as danças e as coreografias praticadas pelos integrantes do movimento.

A partir da aprovação será de responsabilidade do poder público assegurar aos “lambadeiros” a realização de suas manifestações próprias, como festas, bailes, shows, reuniões e festivais, sem quaisquer regras discriminatórias e nem diferentes das que regem outras manifestações da mesma natureza. Além disso, fica proibido qualquer tipo de discriminação ou preconceito, seja de natureza social, racial, cultural ou administrativa contra o movimento ou seus integrantes.

“Os integrantes do movimento, dentre eles os cantores, músicos e dançarinos, são agentes da cultura popular e, como tal, devem ter seus direitos respeitados”, diz trecho do projeto de lei.

Na justificativa, Maluf afirma que o Lambadão expressa criatividade e expressão artística da Baixada Cuiabana. Cita ainda que o ritmo surgiu no Pará e chegou em municípios, como Poconé, Rosário Oeste e Várzea Grande, com garimpeiros que trocaram o estado vizinho por Mato Grosso.

Segundo a justificativa, entre os garimpeiros estava Chico Gil. Mesmo falecido em 2000, ainda é considerado o “rei do Lambadão” e é autor do sucesso Ei, amigo! (veja o vídeo). Depois, outros conjuntos musicais como Estrela Dalva, Os Maninhos, Styllus PopSom, Erre Som, Escort Som, Real Som e Os Ciganos foram surgindo no cenário.

“Entendemos que o Lambadão é o ritmo pop da Baixada Cuiabana por excelência, já que a juventude desta importante região mato-grossense vive em seu cotidiano a sua dança e música. Esta propositura visa pavimentar o reconhecimento de tão importante manifestação cultural pelo poder público para que a vitalidade da energia empregada por seus integrantes se reverta para o bem da sociedade mato-grossense”, conclui o projeto.

Fonte: Gilberto Leite/Rdnews

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