Galli quer reduzir até 40% salário e verba de deputados
O deputado federal professor Victorio Galli (PSC) protocolou na última terça (20) projeto de decreto legislativo para reduzir os vencimentos dos parlamentares. A proposta, que precisa ser aprovada em plenário e certamente enfrentará resistências, pode gerar economia superior a R$ 1,5 bilhão nos quatro anos de mandato.
Caso seja aprovado, o projeto de decreto legislativo vai reduzir em 40% a verba de gabinete que ultrapassa os R$ 106 mil. A verba indenizatória superior a R$ 39,4 mil será reduzida em 30%, enquanto o salário dos deputados federais, que está em R$ 33,7 mil, também será reduzido em 30%.
Na justificativa, Galli afirma que os recursos economizados poderão ser revertidos para a população nas áreas da educação, saúde e segurança pública. O parlamentar defende ainda que a aprovação do projeto de decreto legislativo mostrará que possível fazer política sem sufocar o erário.
“É importante é que o que for economizado possa chegar à sociedade em forma de benefícios. Não apenas o Legislativo deve fazer a sua parte, mas todos os Poderes devem estar antenados com a sociedade", justifica Galli.
Além disso, o parlamentar se antecipa aos questionamentos e afirma que a matéria foi apresentada no último ano do mandato porque neste período é que são propostos os reajustes salariais na Câmara dos Deputados. Assim, refuta as possíveis acusações de demagogia.
Sobre a possível resistência dos parlamentares, Galli afirma que não está preocupado com a opinião da classe política. Garante que seu objetivo é manter a sintonia com a população brasileira. “Não posso admitir o aumento do salário dos deputados federais enquanto o salário mínimo está defasado. Por isso, levantei esse debate. Para os brasileiros ficarem atentos às movimentações na Câmara dos Deputados.
Carros Oficiais
Essa não é a única proposta de Galli para reduzir gastos públicos com as autoridades. Em julho do ano passado, apresentou projeto de Lei para extinguir o uso de veículos oficiais para autoridades dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e do Ministério Público que acarretaram gasto de pelo menos R$ 1,6 bilhão em 2016. A única exceção é para o presidente da República.