Acusada de participar de homicídio chora ao lembrar dos filhos e nega crime
Escoltada pelas delegadas Alana Cardoso e Juliana Palhares Chiquito, a mulher chegou a Cuiabá na manhã desse sábado (24), em avião da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Presa na casa de familiares, durante toda a viagem a mulher chorou e disse que não tinha nenhum envolvimento no crime.
A acusada era casada com Guilherme Dias de Miranda e disse que o marido sempre foi agressivo com ela. Ameaçava e a denegria, mas nunca a agrediu fisicamente. Ao mencionar sobre os filhos ela chora ainda mais e diz que, apesar de todo sofrimento vivido com o marido, ela nunca pensou passar por uma situação dessas na qual é presa.
Ao deixar o aeroporto a mulher foi levada para a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) para depoimento preliminar. Posteriormente a acusada é submetida exame no Instituto Médico Legal (IML), passara por audiência de custódia no fórum de Cuiabá e depois levada para o presídio feminino Ana Maria do Couto May onde permanece até ser colhido seu depoimento detalhado. A oitiva deve ocorrer na terça-feira (27).
Investigação
Danillo foi assassinado com cinco tiros no peito, no dia 8 de novembro de 2017. Ane, segundo informações da policial, não seria apenas a pivô do assassinato, mas também participante direta na morte de Danillo.
As análises das ligações telefônicas da vítima, da mulher, do marido Guilherme e do suspeito de ter atirado, Walisson Magno, concluem que Ane Lise, usando um número telefônico habilitado naquela semana, ligou para a vítima, marcando encontro no local onde foi executado, no bairro Jardim Cuiabá.
O corpo do personal foi encontrado caído ao lado do carro, na Rua General Ramiro de Noronha. Testemunhas informaram que a vítima estacionou o carro e, ao descer, foi atingida por 5 tiros, efetuados pelo homem que estava na garupa de uma motocicleta que, posteriormente, seguiu em direção à Avenida Miguel Sutil.