Fórum da Saúde lança campanha para evitar a “morte do SUS”
O Fórum Permanente da Saúde de Mato Grosso, com apoio do Fórum Sindical, entidade que congrega todos as categorias do Poder Executivo, estabeleceu uma "agenda positiva" para debater a questão da Saúde em Mato Grosso. Nesta terça-feira (27), a entidade realizou uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa (AL) contra a corrupção e as Organizações Sociais de Saúde (OSS).
De acordo com o presidente do Fórum Sindical, Oscarlino Alves, dirigentes do Fórum se reúnem todas as primeiras terças-feiras do mês para debater o assunto. "Nós fizemos hoje, o lançamento de um movimento autêntico, começamos a nos organizar com os movimentos sociais para a gente dialogar com a população", afirmou Oscarlino Alves ao HiperNotícias, nesta terça.
"Nós vamos para os centros comunitários nos bairros, rodas de conversas em baixo de árvores, na periferia e tentar sensibilizar a população para vir conosco e tentar salvar essa criança, que está na UTI. O SUS tem apenas 30 anos e está na UTI, mas não vamos deixar o SUS morrer", complementou o presidente do Fórum Sindical.
De acordo com o presidente, o movimento vai congregar vários setores da sociedade, incluindo LGBT, etnias e movimentos de bairro. O protesto contou com vários símbolos, como alguns ratos trajados com ternos, um caixão e várias velas, simbolizando a morte causada pela corrupção no setor público.
"Nós fizemos um enterro simbólico. Queremos enterrar a corrupção, os políticos que tem desviado recursos públicos que tem trazido consequências diretas na execução de políticas públicas. O rato significa a própria corrupção e vocês viram a morte lá, que é o que ronda a população", completou.
Oscarlino também cobra melhorias nas estruturas das unidades de saúde, realização de concurso público e melhoria no ambiente de trabalho. De acordo com o Fórum, o governo mostra uma grande dissonância com os servidores públicos, que ajudou na eleição do governador.
De acordo com Oscarlino, em três anos, o governo não comprou nem uma cadeira para os servidores.
"A solução passa por diversas variáveis. Uma delas é a gente fazer uma justiça com a arrecadação do Estado. O Estado está com problemas hoje de um desequilíbrio fiscal, justamente porque o governo não fez as reformas necessárias. Acabar com as regalias, a sonegação, a renúncia fiscal está muito alta", finalizou.
Reunião cancelada
Nesta terça deveria ocorrer, no auditório Milton Figueiredo, uma audiência para revelar os números a respeito do cumprimento das metas físicas traçadas para o ano de 2017 da Saúde. Entretanto, nem o presidente da Comissão de Fiscalização, José Domingos Fraga (PSD) e o secretário de Saúde, Luiz Soares, compareceram. A reunião foi cancelada.
Hipernoticias