Cotado para ministério, Wellington prefere candidatura ao Governo do Estado
Para chegar até o Palácio Paiaguás Fagundes terá de driblar os interesses nacionais do partido, que o considera melhor nome para substituir Mauricio Quintella.
O senador Wellington Fagundes (PR) já começa a pavimentar o caminho que provavelmente o levará às eleições para o Governo de Mato Grosso, neste ano. O objetivo do parlamentar, segundo informações da própria assessoria, é a candidatura para o Executivo estadual em 2018.
Para chegar até o Palácio Paiaguás Fagundes terá de driblar os interesses nacionais do Partido Republicano, que considera o senador como o melhor nome para substituir o ministro dos Transportes, Maurício Quintella. A manutenção de um ministro republicano na pasta é condição para que o partido dê total apoio à Reforma da Previdência, emenda constitucional tida como “essencial” pelo presidente Michel Temer (PMDB).
De acordo com o G1, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos principais caciques do PR, reuniu-se com Temer no início de fevereiro para tentar viabilizar o nome de Fagundes. O senador, no entanto, nega que tenha recebido qualquer convite e diz seguir firme no propósito de encabeçar a chapa de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB).
Outra pequena pedra no caminho do senador é a relação entre ele e Temer no inquérito da Polícia Federal, em que o último é acusado de assinar um decreto para beneficiar empresas do Porto de Santos. O senador é apontado nas investigações como um dos interlocutores de Temer junto ao setor portuário.
Wellington prestou depoimento à PF na condição de testemunha na última segunda-feira (19), em Brasília. O depoimento foi confirmado pela assessoria do senador. Temer chegou a contradizer Fagundes em outra oitiva, quando negou ter discutido o decreto com o parlamentar mato-grossense.