Zuckerberg: Facebook vai cobrar para liberar acesso a notícias
Os testes devem começar com publicações dos Estados Unidos e Europa ainda neste ano
O Facebook vai começar a cobrar ainda neste ano pelo acesso às notícias compartilhadas na rede social. O novo formato, que já havia sido anunciado por executivos da empresa, foi confirmado nesta quarta-feira pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg.
“Conforme mais pessoas têm acesso à informação por meio de lugares como o Facebook, nós temos a responsabilidade de criar uma comunidade informada e ajudar a criar um entendimento comum”, escreveu Zuckerberg em seu perfil na rede social.
Segundo o CEO, o projeto Facebook Jornalismo vai funcionar em parceria com os principais portais de notícia e publicadores. O serviço de assinatura vai funcionar como os modelos já adotados hoje pelos principais veículos, chamado de paywall – que cobra uma mensalidade depois de o usuário acessar um número limitado de notícias.
Zuckerberg disse que a o Facebook não ficará com nenhuma parte do dinheiro das assinaturas, pois todo o dinheiro será revertido para os publicadores originais do conteúdo.
A novidade vai funcionar para veículos que utilizam a funcionalidade Instant Articles, plataforma de publicação do próprio Facebook. É uma ferramenta que permite o carregamento de artigos em uma versão simplificada. Esse recurso sofreu muitas críticas quando foi lançado, pois não direcionava os leitores para os sites originais dos produtores de conteúdo.
Zuckerberg informou que a rede social também fará uma nova atualização para permitir que seja mais fácil identificar a origem das notícias compartilhadas. “Agora, quando as pessoas pesquisarem um artigo ou ver algum que estiver em alta, também verão os logotipos logo ao lado”, escreveu.
A ideia surgiu durante as reuniões com jornais e outras publicações. Pesquisa da Pew Research Center revelou que apenas 56% dos entrevistados conseguiam associar a fonte da notícia com links publicados nas redes sociais.
“Dar voz as pessoas não é suficiente sem ter organizações dedicadas a descobrir novas informações e analisá-las. Vamos continuar experimentando diferentes formas de apoiar a indústria de notícias e garantir que repórteres e publicadores em todo o mundo possam continuar fazendo o seu importante trabalho”, afirmou Zuckerberg.