ANTES DE DELAÇÃO: Vídeos mostram Silval negando crimes e propinas
Gestores, ex-gestores públicos e políticos envolvidos em esquemas de corrupção que viram delatores costumam agir de maneira semelhante. Primeiro negam toda e qualquer acusação, juram inocência, desqualificam testemunhas e Ministério Público. Menosprezam a inteligência de leitores e telespectadores.
Depois, quando o cerco vai se fechando, se ainda dá tempo de se safar, aceitam virar delatores e implicam outros comparsas, entregam provas, gravações e mostram o caminho a ser seguido pelos órgãos que investigam para confirmar os fatos delatados.
Com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), foi exatamente assim. A 1ª vez que ele admitiu a existência de uma organização criminosa em seu governo foi durante uma audiência realizada em 31 de agosto de 2016 na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Porém, naquela ocasião ele negou ser o chefe da quadrilha e tentou culpar somente seus ex-comparsas que outrora foram chamados de secretários de Estado. Fez o maior drama e implorou para que não envolvessem seu filho, o médico Rodrigo da Cunha Barbosa.
Agora, 1 ano depois, na condição de delator, Silval admite que era o chefe da quadrilha e confirma, inclusive a participação do filho que por sua vez também virou delator.
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