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Roseli pagava cartão de crédito com dinheiro de 'acordo' para comprar caixões

8ffe703442ed87d0d537aceb8915928aEm declaração à PGR, a mulher de Silval Barbosa, disse que o marido, enquanto governador não sabia que ela tinha feito acordo para ficar com 5% de contrato da pasta que comandava.

A ex-primeira dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, afirmou em depoimento, que fechou acordo com o empresário Paulo César Lemes, para ter retorno de 4% a 5%, sob o contrato com a Secretaria de Trabalho Emprego e Assistência Social, alegando que a pasta precisava de dinheiro para comprar caixões e outras ações de assistencialismo, mas usou o ‘retorno’ para pagar a fatura de cartão de crédito pessoal. Segundo ela, o marido, o ex-governador Silval Barbosa não sabia das ações.

“Que a declarante não se recorda de nenhum bem adquirido com o dinheiro do retorno, mas apenas pagamento de gastos como fatura de cartão de crédito”, diz Roseli em trecho da declaração.

As declarações de Roseli Barbosa foram feitas à Procuradoria Geral da República e tratam sobre o esquema operado sob seu comando, entre a Setas e as empresas Instituto Concluir e IDH, contratadas para prestar serviços de capacitação para a Copa do Mundo. As ações ilícitas resultaram na Operação Arqueiro e Ouro de Tolo e consequentemente, na prisão de Roseli em agosto de 2015.

“Que a declarante não se recorda de nenhum bem adquirido com o dinheiro do retorno, mas apenas pagamento de gastos como fatura de cartão de crédito”, diz em trecho da declaração.

Segundo Roseli, o esquema foi sugerido e operado pelo seu então assessor Rodrigo Marchi, que era ordenador de despesas da  Setas.

“As demandas da Setas eram infinitas, a exemplo de pedido de destinação de caixões. Mas que não se tinha previsão orçamentária à época. Que Rodrigo Marchi propôs à declarante que por meio do direcionamento às empresas de Paulo Cesar essas repassariam um retorno de 4% a 5% dos pagamentos realizados. Que o valor do retorno seria destinado às ações políticas do Governo de Mato Grosso, uma vez que o governador era o esposo da declarante”.

Roseli disse que recebia o ‘retorno’ em espécie, pelas mãos de Rodrigo e guardava o dinheiro em seu gabinete na Setas.

Operação Arqueiro

A Operação Arqueiro foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), em abril de 2014, logo após Roseli ter deixado o comando da pasta, onde estava desde 2010.

As investigações apontaram que o esquema teria desviado cerca de R$ 8 milhões dos cofres públicos.

As investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovido pelo Governo do Estado.

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FONTE: REPÓRTER MT

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