Tiroteio na UPA foi planejado para resgatar membro do PCC
Cerca de seis homens armados com fuzis foram os responsáveis pela tentativa de resgate frustrada de José Edmilson, que é considerado uma das lideranças do PCC dentro dos presídios do estado. Ele responde por oito homicídios e por um sequestro. O ataque à UPA deixou cinco pessoas feridas, inclusive um bebê de seis meses.
Bezerra é natural de Rondonópolis e já esteve preso na Penitenciária da Mata Grande, a maior de Mato Grosso. Ele saiu da cidade por conta de alguns desafetos com integrantes de outras facções no município. Segundo informações de agentes penitenciários, o criminoso pode ter migrado para o Comando Vermelho quando veio para Cuiabá, uma vez que a ala onde ele estava era considerada de risco para membros do PCC.
Falha no sistema
Atualmente o criminoso está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CCC), onde os médicos do sistema penitenciário não realizam plantões nos finais de semana e feriados. Por conta da falta de atendimento, os agentes são obrigados a levarem os detentos para uma unidade de saúde fora do presídio.
O grupo responsável pelo resgate já sabia disso e planejou o momento exato em que José Edmilson seria libertado à força. Um dos agentes, que ficou de guarda na entrada da UPA, foi enquadrado pelos suspeitos, mas conseguiu reagir. Neste momento a troca de tiros começou.
O detento já passava pela triagem da UPA e tentou escapar quando ouviu os disparos e soube que se tratava de seus comparsas, mas um dos agentes que o acompanhava conseguiu contê-lo. Os criminosos responsáveis pelo ataque ainda não foram identificados.