Silval diz que ele e Maggi pagaram para Éder mudar depoimento
A delação premiada de Silval, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi destaque no "Jornal Nacional", da Rede Globo, na noite desta sexta-feira (11).
O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), acusou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), de participar de um esquema de corrupção no Estado através do pagamento de R$ 3 milhões ao ex-secretário Eder Moraes para que ele mudasse um depoimento a fim de inocentar Blairo.
Segundo a delação, Silval revelou à Procuradoria Geral da República como funcionava um esquema de corrupção no Estado na época em que Blairo era governador, entre 2003 e 2010, e depois quando assumiu o governo em 2011.
Aos procuradores, Silval disse que Eder Morais denunciou que os dois ex-governadores sabiam de compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado. Por conta deste depoimento, ele procurou Silval e pediu R$ 12 milhões para voltar atrás no que havia dito ao Ministério Público.
Tanto Silval quanto Maggi aceitaram pagar, porém, apenas a metade do exigido, ou seja, R$ 6 milhões. O dinheiro, segundo Silval, foi entregue a Eder pelo jornalista Gustavo Capilé, que é próximo de Maggi.
Ainda segundo Silval, o próprio Blairo confirmou que o pagamento foi feito em dinheiro vivo, entre 2014 e 2015. Já a parte de Silval pelo então chefe de gabinete dele, Sílvio Cesar Corrêa Araújo em dinheiro vivo e outro parte usada para quitar uma divida de R$ 800 mil de Eder.
Após o pagamento, Eder voltou atrás e disse ter mentido no depoimento anterior. Com a mudança da versão, Maggi teve o inquérito que o investigava sobre o caso arquivado pelo o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli em 2016.
Propina – Ainda na delação, Silval também citou que repassou R$ 4 milhões ao deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT) pra que apoiasse uma candidatura à Prefeitura de Cuiabá. Ele também falou de pagamento de propina ao senador Wellington Fagundes (PR-MT), porém não revelou os valores.
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