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Por crise com repasses em MT, diretores de hospitais se reúnem com ministro

d39a5007bc62f9c3241325ee1b4c6856Diretores de hospitais filantrópicos e universitários de Mato Grosso vão se reunir, em Brasília, com o ministro da Saúde, Marcelo Barros, na próxima quarta (16), para tratar do caos em que se transformou o setor no Estado. Atualmente, quatro hospitais paralisaram atendimento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), alegando falta de repasse por parte do governo estadual. Os atrasos, segundo a Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (Fehos), superam os R$ 10 milhões.

A audiência foi intermediada pelo senador Wellington Fagundes (PR), a pedido dos dirigentes hospitalares. “Eles querem uma solução e vamos trabalhar nesse sentido, já que o governo parece não estar disposto a um entendimento”, disse o senador. Do encontro também vão participar os demais integrantes da bancada federal e o suplente José Augusto Curvo, o Tampinha, que também é médico.

Crítico da situação, Wellington relatou ao Ministério da Saúde o difícil quadro no Estado. Ele explicou que, hoje, cerca de 5 mil pessoas deixaram de ter atendimento com a paralisação em quatro centros de saúde: o Hospital Geral Universitário, a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Santa Helena de Cuiabá, além da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis. As quatro unidades juntas atendem por mês mais de 30 mil pacientes, uma média de mil por dia. O Hospital do Câncer também está com repasses atrasados, mas não aderiu à paralisação.

O senador de Mato Grosso disse que é preocupante o fato de que profissionais já começam a abandonar seus postos de trabalhos por causa da falta de pagamento. A queixa é de que estão recebendo salários de dois em dois meses. Muitos desses profissionais, segundo relatos da Fehos, são contratados por dedicação exclusiva.

Wellington explicou ainda ao Ministério que o Governo do Estado afirma não existir qualquer dívida com os hospitais filantrópicos. Alega que fazia ajuda emergencial por causa da crise dos hospitais e que, devido à inviabilidade orçamentária, o Estado não deve repassar mais estes valores. O governador Pedro Taques chegou a dizer que a possibilidade de ajuda só ocorrerá com a melhoria do caixa do Estado “mais para frente”. A versão do governo é contestada pela direção dos hospitais.

Para Wellington, no entanto, a questão é de gestão. “Administrar é eleger prioridades, e a vida das pessoas, eu acredito, é a maior delas. É a sensibilidade que qualquer administrador precisa ter”, disse o senador republicano, que voltou a criticar os gastos do Governo com publicidade – cerca de R$ 84 milhões – quando, segundo ele, o certo seria utilizar recursos para ajudar os hospitais a atender as pessoas que tanto precisam. “Vamos buscar uma solução, mas é preciso que o governo priorize recursos, principalmente para salvar vidas”, assinalou.

(Assessoria do Senador)

FONTE: RD NEWS

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