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Chefe de facção postava fotos da cadeia

6955f6ad1af5b1372d3db9e540d793eeUm dos quatro integrantes de uma facção, que faz parte da quadrilha que roubava e furtava veículos e que foi alvo da operação ‘Ares Vermelhos’, da Polícia Civil de Mato Grosso nesta quinta-feira (17), postava fotos tiradas da prisão, de dentro das celas da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Usando o uniforme da penitenciária, ele se exibia e colocava diversas fotos em álbuns de redes sociais. Em algumas fotos ele postou na frente das celas.

Segundo as investigações, a quadrilha montou uma ‘empresa do crime’ no estado. Até o final da manhã 50 pessoas foram presas pela polícia. A operação também foi feita em Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.

Polícia Civil faz mega operação contra 'empresa do crime'

De acordo com a polícia, os crimes eram chefiados por quatro integrantes da facção que estão presos em Mato Grosso, que encomendavam veículos a comparsas que estão soltos. A estimativa é que o esquema seja responsável por 409 roubos ou furtos dos 682 ocorridos durante os três meses das apurações.

O grupo criminoso era liderado pelos detentos Luciano Mariano da Silva, conhecido por “Martelo ou Marreta”, Robson José Ferreira de Araújo, “Carcaça” (que também usa nome de Marcelo Barbosa do Nascimento), Edmar Ormeneze, “Mazinho”, e Wagner da Silva Moura, “Belo”, todos presos na PCE.

“Eles [os presos] utilizam a estrutura da unidade prisional como verdadeiros escritórios. Ficam o dia inteiro orientando e determinando a ação de dezenas de comparsas. Se esses jovens são presos, eles são substituídos imediatamente por outros. Então essa é a grande dificuldade da ação policial, porque é um ciclo que não tem fim”, disse o delegado Marcelo Martins Torhacs.

Além das ferramentas mais comuns, a polícia, pela primeira vez, contou com infiltração digital. Policiais criaram um perfil falso e tiveram acesso às conversas em grupos criados numa rede social por facções criminosas para principalmente roubar e o furtar veículos.

Algumas conversas, em grupos de aplicativo, também foram alvos dos policiais. Um dos bandidos diz que o ‘hobby’ dele é roubar e que ‘tinha que colocar o pânico na polícia’.

Os bandidos alugavam casas para deixar os carros por uns dias e despistar a polícia. Esses locais ficavam em regiões isoladas e tinham muros altos. Vários carros roubados só foram encontrados pelo patrulhamento aéreo.

Antes de ir pros esconderijos os criminosos davam voltas na área para ter certeza que os veículos não eram rastreados. Na operação desta quinta-feira alguns veículos foram recuperados.

Organização

Segundo a investigação, a estrutura montada pela organização é altamente sofisticada, com divisão elaborada no setor financeiro, chegando a manter uma espécie de “caixinha” ou reserva financeira para fomentar o crime nacional e fazer alianças com outras facções criminosas, além da lavagem do dinheiro adquirido nos crimes patrimoniais de veículos.

Na apuração de três meses, logo os policiais desvendaram que no topo da organização está a alta gerência e abaixo suas subdivisões em agentes operacionais ou soldados do crime, gestores de recursos humanos (aliciadores de criminosos e simpatizantes), negociadores internacionais (trocando veículos por entorpecentes da Bolívia e Paraguai).

FONTE: FOLHA MAX

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