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Dono de fazenda registra B.O. contra garimpeiros por invasão

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MIDIA NEWS

Cerca de 2 mil pessoas se instalaram no local nas últimas semanas e mais estão chegando diariamente

O dono da fazenda onde foi instalado um garimpo ilegal registrou um boletim de ocorrência na Polícia denunciando a invasão da área. A Fazenda Dardanellos, onde está o garimpo, fica a 12 km de Aripuanã (949 km de Cuiabá).

Cerca de 2 mil garimpeiros se instalaram no local, em uma corrida ao ouro que começou há cerca de 60 dias. Segundo um morador da cidade, todos os dias chegam ônibus com mais trabalhadores, que estão acampados na propriedade rural.

A promessa é de que na propriedade haja ouro nos moldes do garimpo de Serra Pelada, que ficou famoso nos anos 80.

Conforme o delegado Alexandre Nazareth, apesar na grande quantidade de pessoas, não houve aumento de violência nos últimos dias. Nenhuma prisão foi efetuada em relação ao garimpo.

Ainda de acordo com ele, a movimentação comercial também cresceu na cidade.

O morador ainda revelou que a empresa de ônibus já colocou uma linha extra para dar conta da grande demanda.

De acordo com testemunhas, os garimpeiros tiram a terra em grandes sacos e transportam para chácaras da região, que possuem córrego, pois no garimpo não tem água.

A Polícia Civil esteve no garimpo e vai fazer um levantamento da situação, que será encaminhado para a Polícia Federal, já que mineração é jurisdição federal.

O ouro é um bem que pertence à União e é necessária uma autorização para sua extração. O garimpo não possui esse documento.

Operação Simbiose

Aripuanã já passou por algo parecido em 2017, que resultou na Operação Simbiose. Cerca de 21 pessoas foram presas em um garimpo clandestino, na terceira fase da operação.

Os presos foram flagrados explorando a área, localizada a 18 km da cidade, onde aproximadamente 10 alqueires de Floresta Amazônica foram devastados, sem qualquer avaliação de impacto ambiental. Os garimpeiros reviraram o solo e subsolo a procura de metais preciosos.

Os 21 detidos foram autuados em crimes de associação criminosa, destruição de floresta nativa, extração ilegal de recursos naturais  e esbulho possessório, todos, conforme a investigação, cometidos em concurso material.

A operação foi deflagrada em abril quando a proprietária de uma fazenda procurou a Polícia, para denunciar a ação do grupo criminoso.

Quatro pessoas acusadas de invasão de propriedade rural foram presas em flagrante.

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