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Presidente da AMM defende Fávaro como candidato pela oposição

1082a00e766e61227f9d68a18c418321O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga (PSD), defendeu que o vice-governador do Estado, Carlos Fávaro (PSD), saia candidato ao Senado Federal numa chapa de oposição ao atual Governo.

Na última semana, após anúncio da desistência do ministro Blairo Maggi (PP) em se lançar à reeleição, Fávaro comunicou que trabalha uma pré-candidatura ao Senado. E, para Neurilan, o vice-governador tem total liberdade de romper com o governador Pedro Taques (PSDB).

“Veja bem, o Fávaro é vice-governador para esse mandato, que acaba final do ano. Para o mandato que vem é tudo novo, outro mandato, outra história. Ele tem toda chance e o direito de renunciar o que foi feito nesse Governo. O projeto dele [com Taques] foi para quatro anos. Eles não foram eleitos pra oito anos”, disse Neurilan.

“Ele tem o direito de falar que não concorda com essa forma de gestão, que vai almejar um projeto novo, diferente”, afirmou o presidente da AMM.

Segundo ele, o próprio Fávaro nunca chegou a afirmar que pretende manter-se na base aliada do Governo.

Também conforme o presidente, o fato de o aliado ainda estar ocupando a vice-governadoria não inviabiliza um projeto pela oposição.

“Todas as conversas que estamos tendo, as reuniões que estamos fazendo, o Fávaro tem colocado com muita clareza que ele vai respeitar a vontade da maioria dos membros do partido. Não vi, em nenhum momento, ele falando que era candidato a Senado para ficar na base. Vi declarações de pessoas que não são do PSD e quem não é não pode ser porta-voz do partido”, disse.

“Estamos trabalhando para que o partido saia da base do governador Pedro Taques. Com a candidatura do Fávaro a Senado. Trabalhamos para fazer composição com partidos de oposição. Essa bandeira que estamos defendendo”.

“Racha”

O presidente da AMM admite, no entanto, que o desembarque do Governo não é unanimidade dentro do PSD.

Ele cita que outros políticos, como o deputado estadual Gilmar Fabris, por exemplo, defendem veementemente a continuidade do partido na base aliada e, consequentemente, o apoio à reeleição de Taques.

De acordo com Neurilan, a decisão de continuar ou não na base será decidida pela maioria dos membros da sigla e deve acontecer em breve.

“A base do partido, formada por lideranças municipais, vice-prefeitos, prefeitos, ex-prefeitos, demais filiados, defendem o rompimento com o. Outra parte defende permanência no projeto”, afirmou Neurilan.

“Nosso presidente Fávaro está viajando constantemente para o interior, fazendo contatos com lideranças, com a base do partido, para sentir, ver qual o sentimento dos membros do partido. Ele vai fazer um diagnóstico e tomar uma decisão. A decisão não vai ser unilateral, nem de cúpula de partido. A decisão vai vir das bases, da maioria dos membros”, concluiu o presidente da AMM.

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