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Taques minimiza rejeição em pesquisa e nega atraso nos salários

TaquesCortadaGovernador diz que esvaziamento de seu arco de alianças e níveis altos de rejeição em pesquisa são plenamente superáveis na busca pela reeleição

O governador Pedro Taques (PSDB) ainda confia na capacidade dele e seu grupo conseguirem reverter os altos índices de rejeição nas pesquisas encomendadas por ele e seus adversários (nenhum mostra os índices, mas todas as citam). Pelo menos foi isso o que ele disse em entrevista na manhã de quinta-feira (29) à rádio Capital FM. Aproveitou a ocasião para dizer que pagará a folha até o dia 10 de abril e argumentou que nunca atrasou salários, a não ser em novembro.

“Houve um mês, em novembro, 13% dos servidores, que percebem salários acima de R$ 10 mil, receberam três dias depois, na quinta-feira, quando deveriam receber na segunda. Então, não houve atraso”, disse.

Sobre as aludidas pesquisas e índices altos de rejeição, ele usa o passado para dizer que já superou adversidade maior, quando saiu do Ministério Público Federal para disputar o Senado em 2010 o fizera com intenções de voto de meros 2%. O resultado, todos sabem, foi a conquista do primeiro mandato eletivo com 25% de todos os votos para uma das duas cadeiras. Só Blairo Maggi (PP) teve mais, ou 37%, segundo Taques.

Ele contextualiza esses números com sua situação atual, de perda cotidiana de aliados, que saem sempre tecendo críticas, como aconteceu com os maiorais do DEM ou parte do PSD, Otaviano Pivetta e até o vice-governador, Carlos Fávaro, em certa ocasião. “Naquele tempo, quando sai do MPF, diziam que ninguém queria ficar comigo”, lembra.

O âncora do programa, jornalista Paulo Coelho, perguntou ao governador sobre os escândalos no Detran e a Operação Bereré e o motivo de o contrato com a EIG (antiga Santos) permanecer até hoje sem rompimento mesmo assinado nos tempos de Silval Barbosa e amplamente contestado juridicamente. A resposta foi que exatamente o caminho jurídico impede a quebra do contrato. “O administrador público não pode tomar decisões com o fígado, só pode fazer o que está na lei. O contrato prevê até R$ 100 milhões de multa em caso de rompimento. Isso está escrito lá”.

Explicou também que o caso está sob cuidado da Controladoria-Geral do Estado. Asseverou que desde o momento de sua posse tem documentadas providências para frear o esquema desvelado pela Bereré e que o Ministério Público luta para arrumar as coisas desde 2013, em ação civil pública perdida em primeiro grau. Tudo mudou a partir da delação premiada. Comparou o entrave jurídico ao Veículo Leve sobre Trilho. “É a mesma situação dessa empresa (EIG)”.

Por fim, lembrou também que duvidavam de sua eleição para o governo. “É natural que a classe política faça essas movimentações. Sobre alianças, estaremos juntos com aqueles que querem um Mato Grosso melhor, com aqueles que não desejam que Mato Grosso volte para o passado. O DEM não é só Júlio Campos. É também Júlio Campos, Jayme, com quem conversarei daqui a pouco (quinta de manhã), Lucimar Sacre de Campos ontem (quarta), converso com eles todos os dias”.

Por fim, minimiza os questionamentos afirmando não planejar sua vida pública a partir das pesquisas eleitorais e comparou suas dificuldades às sofridas por Dante de Oliveira que, na percepção dele, viu-se em maus lençóis na briga pela reeleição, em 1998, por força de “medidas impopulares”. “Ele tinha 13% de aprovação e foi reeleito no primeiro turno. Pesquisa mostra o momento. E quem está no executivo hoje tem desgaste porque governar sem dinheiro não é pra qualquer um, porque você não consegue cumprir seus compromissos todos porque não tem dinheiro”.

A aliança em torno de Dante abarcava somente três partidos. Venceu uma coligação de 11, lideradas exatamente por Júlio Campos no DEM daquele tempo, o PFL.

FONTE: CUIRCUITOMT

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