O Brasil que todos querem...
A proposta da Rede Globo de Televisão, de buscar ver e ouvir o povo sobre um Brasil sonhado por todos ainda não é de nós. A maioria da população quer uma coisa e os políticos fazem outra. A conscientização é dever de todos, principalmente quando parte de um veículo de comunicação de grande alcance nacional e internacional.
Isso não nos pertence, porque esbarramos na necessidade urgente de uma reforma política que diminua a possibilidade da reeleição e facilite o acesso a todos os brasileiros de votar e de ser votado, de fato e por direito, sem que a eleição seja custeada com dinheiro do próprio contribuinte.
Uma reforma eleitoral que tire de circulação alguns ‘cancros’ que estão encravados no interior da política brasileira a partir do Congresso Nacional onde, só não responde a processo quem ainda não nasceu.
Queremos um Brasil com mais segurança, esse é um pleito saudável mas não possível de cumprimento porque muitos atalhos jurídicos permitem que o marginal seja colocado em liberdade e de dentro da cadeia um crime muito mais organizado que toda a política brasileira, comanda as ações aqui fora e ninguém consegue alterar esses procedimentos.
Queremos um Brasil sem corrupção, de que forma? No Congresso Nacional estão as ratazanas que criam todos os mecanismos de lesão do dinheiro público; de maneiras inimagináveis, só pensam roubar do povo.
Queremos um Brasil sem obras públicas paralisadas, só que não. É na paralisação que está um outro filão das melhores esmeraldas, conhecido por aditivo.
Queremos um Brasil com mais educação, como e de que forma?, quando se verifica corte de verbas em todas as instâncias de ensino, em um país que ensina que cassar político corrupto é golpe.
Queremos um país com melhores estradas, todas pavimentadas. Isso é quase uma utopia em forma de desejo, lembrando que é um dos canais utilizados pelos políticos para meter a mão nos cofres do povo.
Queremos um Brasil sem poluição, outro sonho irrealizável. No Baixo Pantanal mato-grossense está um grande exemplo de alto nível de poluição, com Cuiabá despejando esgoto in natura no rio Cuiabá que também transporta todo tipo de material plástico, principalmente sacolas e garrafas plásticas, rio abaixo.
O uso de agrotóxico nas lavouras e até mesmo nas cidades para matar pragas são transportados aos rios através das chuvas, para onde escorrem fezes de animais e até de humanos.
Queremos um Brasil com qualidade de uma ilha paradisíaca, podemos até pretender esse Brasil, queremos dizer, pretendíamos não fosse o fato de a roubalheira começar com aqueles canalhas que chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1.500, trocando espelhos e bijuterias por madeiras valiosas logo depois.
O ouro do Brasil foi sendo levado em toneladas para Portugal e por aqui ficava só os impostos para o povo pagar. Mas, impostos não é privilégio do Brasil Colonial e hoje pagamos de tudo enquanto uma minoria é poupada porque tem uma tal Bancada Ruralista.
Alguém já ouviu falar em Bancada Popular, que atue no Congresso Nacional ou na Câmara Federal em defesa do povo?
Assim como vemos os mais belos e utópicos desejos expressados em vídeo, após verdadeira lavagem cerebral no povo para que coloque o celular na horizontal, em sentido inverso, os desejos individuais e coletivos serão colocados numa cápsula do tempo e só revelados quando a geração atual já tiver partido dessa para uma melhor.
O Brasil que nós queremos talvez seja aquele que adote a pena capital, imitando a Indonésia, onde traficantes não se criam. Ou talvez num desses estados do Oriente Médio onde se corta a mão de políticos corruptos.
Nossa! O Brasil seria um país de mutilados e isso ninguém pede que aconteça.