NOBRES: Moradores denunciam crime ambiental em obra do governo do estado
Além das erosões, buracos e rachaduras na MT 241, uma das principais rodovias turísticas do Estado, no trecho que liga Nobres ao distrito de Bom Jardim, os moradores denunciaram ao VGNews, a degradação da área com a mudança do leito de um córrego que está provocando assoreamento na Lagoa do Salobão, local onde será liberado o mergulho de cilindro no município.
Moradora da comunidade Sela Dourada, a produtora Margarete Fernandes fez questão de registrar os estragos que ocorreram após o desvio feito pela empresa contratada pela Secretaria de Infraestrutura do Estado (SINFRA), para realização da obra.
Margarete explicou que além de mudar o curso do córrego, ainda abriram buracos que não foram canalizados com manilhas e já estão todos entupidos.
“A lagoa vai acabar sendo aterrada por resíduos, toda vez que chove, a agua, leva areia, entulhos, lixo e tudo o que encontra pela frente, isto configura crime ambiental”, esclarece ela.
Um dos proprietários da área, o vereador Gidalti Ferreira, popular Gida (PP), lembra que durante a realização dos serviços fez questão de alertar os engenheiros e funcionários que executavam os trabalhos de aterramento, dos problemas que a mudança provocaria, porém não foi ouvido.
Segundo o parlamentar os danos observados caracterizam crime ambiental, que já foi denunciado ao ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que visitou o local no ano passado, acompanhado de técnicos, que se comprometeram em resolver a situação
Gida frisa que o local foi bastante degradado e que o crime fere todas as normas da legislação ambiental.
“Por falta de cuidados, os vizinhos estão sendo prejudicados, a nascente corre o risco de desaparecer e isto traz erros irreparáveis ao meio ambiente, ao ponto de interferir na vazão natural da lagoa”, argumenta.
O pedido de correção, também foi protocolado pela comunidade na Secretaria de Infraestrutura, porém até hoje, nada foi feito.
Outro lado
Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), que não soube informar se existe algum projeto para recuperação da área. Segundo a assessoria de imprensa, o órgão não tem conhecimento dos problemas enfrentados pelos moradores da Sela Dourada.