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Wilson Santos e Taborelli protagonizam bate-boca e trocam insultos em CPI

000 A reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal da tarde desta quarta-feira (16) foi marcada por um bate-boca entre os deputados Wilson Santos (PSDB) e Pery Taborelli (PV), que trocaram insultos ao disputar quem faria primeiro suas perguntas à testemunha, o ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Alan Zanatta. Taborelli chegou a acusar Wilson de estar protegendo o ex-secretário.

O coronel Taborelli, que é membro suplente da CPI, foi o primeiro a chegar à reunião, junto com o presidente da CPI, Zé do Pátio (SD), e se inscreveu para fazer perguntas a Zanatta. Porém, quanto chegou o momento de perguntar, Wilson Santos, que é membro titular da comissão mas chegou atrasado à reunião, pediu para perguntar primeiro, pois também teria que ir embora cedo em função de um compromisso.

O deputado do PV insistiu em perguntar primeiro, alegando que Wilson chegou atrasado, e foi interrompido pelo tucano. “O senhor não é membro da CPI e vem dar de dedo aqui. Eu sou membro da CPI”, afirmou Wilson. Então, Taborelli acusou o parlamentar de proteger Zanatta, impedindo-o de fazer as perguntas que ele tinha planejado. “Aqui não é quartel!”, disparou Wilson para o colega, fazendo referência ao fato de Taborelli ser coronel da reserva da Polícia Militar.

Então, o presidente Zé do Pátio suspendeu a sessão, esperando que os dois se acalmassem. Nesse momento, Taborelli levantou furioso e acusou Wilson novamente. “O senhor está protegendo esse cidadão, que cometeu crime em Várzea Grande”, afirmou, e deixou o auditório onde se realizava a CPI.

Em seguida, ele concedeu entrevista coletiva e distribuiu acusações a Wilson, Zanatta e o ex-governador Silval Barbosa (PMDB). “Na minha ótica, Wilson Santos está protegendo a testemunha das perguntas e da colocação que eu ia fazer. Quero saber o que ele está fazendo na comissão então. A comissão não é para proteger ninguém, é para apurar fatos reais que aconteceram com essa quadrilha comandada pelo senhor Silval Barbosa e pelos parceiros criminosos”, disparou.

“Está nos autos, Alan Zanatta ganhou a título de benefícios terras da cidade de Várzea Grande, de 19 áreas nobres que foram doadas, dadas de graças, pelo chefe do executivo, na oportunidade, o vereador Maninho de Barros (PSD), que era prefeito. Um dos beneficiários foi Alan Zanatta, que já praticava crime de facilitação de recebimento de presentes. Não mudou em nada, pelo que estou vendo, a atitude dele no estado como secretário”, completou.

Wilson Santos permaneceu na CPI mais alguns minutos e, ao ir embora, evitou falar com a imprensa. Zanatta, por sua vez, disse que Taborelli teria que aprovar suas acusações. “É só vocês irem em Várzea Grande e ver quem é Alan Zanatta e quem é o coronel Taborelli. Ele deve ser a referência como coronel. Ele tem que provar o que ele falou. Falar é muito fácil. Ele que prove e leve ao Ministério Público. Cabe à Justiça julgar se eu fiz alguma coisa errada. Não cabe nem a mim nem a ele. Ele não é mais coronel”, disse o ex-secretário aos jornalistas.

Ao final, Zé do Pátio assumiu a responsabilidade pela briga e tentou amenizar a situação. “Foi extremamente constrangedor. Mas tanto Taborelli quanto Wilson Santos contribuem muito com esse parlamento. Eu acredito que isso aconteceu porque os dois estão com boa-fé, querendo participar, e os dois tinham compromisso, e eu não soube administrar isso. Por isso suspendi a reunião para acalmar os ânimos”, disse.

Laíse Lucatelli – OLHAR DIRETO

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