Após furto no estacionamento da AL, cheque de deputado é encontrado em lixeira de escola
Um aluno que estuda na Escola Estadual Clênia Rosalina de Souza, localizada no Bairro Jardim Itamaraty, em Cuiabá, encontrou uma bolsa com três cheques dentro de uma lixeira em frente do colégio na manhã desta quinta-feira (24). Os cheques totalizam mais de R$ 200 mil.
Na bolsa havia também os documentos pessoais do chefe de gabinete do deputado estadual Wagner Ramos (PR), James Gonçalves Capucho.
Segundo as informações que constam no Boletim de Ocorrências n° 282939/2015, registrado pela Polícia Militar, um dos cheques está assinado pelo deputado Wagner Ramos, no valor de R$ 99,7 mil.
Já o outro pertence à empresa C. Comércio Artefatos de Borrachas Ltda, de Campo Novo do Parecis (397 km da Capital), e está assinado no valor de R$ 59,8 mil, com data de 30 de setembro de 2014. O terceiro cheque, de R$ 50 mil, foi assassinado por Mônica Fernandes Pacheco Alberti e está com data de 24 de outubro de 2012.
O caso foi registrado após a presidente do bairro ficar sabendo do caso e acionar a Polícia Militar. Nisso, uma equipe foi encaminhada para o local e recolheu os cheques e os documentos que estavam com o aluno.
A equipe de reportagem do HiperNotícias procurou o chefe de gabinete do deputado, que afirmou que os cheques foram furtados de seu carro, junto com os outros documentos e pertences, na última segunda-feira (21). O furto aconteceu no estacionamento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Segundo James, os documentos e cheques estavam dentro de uma mochila preta e vermelha dentro da caminhonete S10 prata, porque levaria os cheques até ao banco para dar baixa, pois os pagamentos já estavam liquidados.
"Eu tinha chegado de viagem de Tangará da Serra e só dexei o carro dentro do estacionamento dos assessores da Assembleia Legislativa para ir trabalhar. Quando voltei para ir embora os vidros do carro estavam quebrados e a porta arrombada", disse.
Segundo o funcionário da Casa das Leis, o fato foi registrado por ele na Central de Flagrantes no dia seguinte ao crime, depois de ficar sabendo que ninguém arcaria com os danos materiais.
"Para entrar naquele estacionamento é uma burocracia e tanto. Tenho que apresentar crachá e identidade para mostrar que realmente sou funcionário. Agora fico sabendo que nem imagens de segurança tem para identificar os suspeitos. Com isso, o trabalho da polícia foi dificultado e eu devo pagar os danos", lamentou.
A mochila, os cheques e os documentos já foram resgatados na Central de Flagrantes pelo chefe de gabinete. Os outros pertences (uma pulseira de ouro, um par de sapatos novos, duas camisetas pólo, e um óculos de sol da marca Ray Ban) que também estavam na mochila ainda não foram encontrados pelos policiais. O caso deve ser investigado pela Polícia Judiciária Civil (PJC).