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Presidente da AMM muda estatuto e sonha com AL

00000Em meio a muita polêmica, a direção da AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios) aprovou a alteração no regimento interno instituindo a reeleição para um mandato e a permissão para que ex-prefeitos concorram por dois mandatos ao cargo de presidente. Nos bastidores, comenta-se que a mudança é uma estratégia do atual presidente, Neurilan Fraga (PSD), que está no segundo mandato como prefeito e que estaria disposto a concorrer novamente ao posto de representante dos 141 municípios. 

Porém, Fraga se defende e diz que está apenas adaptando a AMM a uma realidade já aplicada no cenário nacional. “Na Confederação Nacional dos Municípios, ex-prefeitos exercem o mandato de presidente. Não vejo problema nisso. Imagina um prefeito do interior ter que se deslocar até 1,5 mil quilômetros para chegar na sede da AMM em Cuiabá? É mais vantajoso aos municípios e aos prefeitos”, disse. 

O vice-presidente da AMM, Walmir Guse (PR), prefeito de Nova Conquista D’Oeste, considera natural dentro de um processo democrático a reeleição e a possibilidade de ex-prefeitos participarem da administração. “Estamos fortalecendo o processo de democracia em Mato Grosso. Não há nenhuma ilegalidade”, disse. 

De acordo com o republicano, dos 141 municípios de Mato Grosso apenas cinco não estão associados, dentre eles Lucas do Rio Verde, comandado por Otaviano Pivetta (PDT), que saiu derrotado da disputa para presidência da AMM no começo deste ano.  Na pauta de votação, havia uma sugestão de que não houvesse limites para reeleição, que saiu derrotada numa disputa acirrada.

A maioria optou por restringir e manter as regras atuais. O mandato da diretoria é de dois anos e permite que o presidente concorra apenas mais uma vez ao cargo. 

Um dos critérios para a participação de ex-prefeito na disputa pelo comando da AMM é a restrição do prazo de quatro anos após deixar o cargo. De acordo com Guse, este tempo foi colocado por entender que é um período em que o ex-gestor ainda está ligado à administração pública e tem contato com os prefeitos. 

Por isso, o atual presidente Neurilan Fraga poderá disputar novamente a eleição para presidência da AMM em 2016 como ex-prefeito. O vice-presidente da entidade defende a proposta, pois o ex-prefeito poderá se dedicar exclusivamente à AMM e a intenção é justamente melhorar a qualidade da gestão da entidade. Atualmente, o presidente precisa dividir a atenção com a administração municipal.

PROJETO POLÍTICO

Impedido de disputar a reeleição em 2016, Neurilan Fraga pretende disputar uma cadeira na Assembleia em 2018. O irmão dele, o deputado estadual José Domingos (PSD), pretende ser indicado ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado deixando o espólio político ao atual prefeito.

Não sendo prefeito, a partir de 2017, mas com o comando da AMM, Neurilan terá visibilidade para viabilizar o projeto. A AMM tem receita de R$ 15 milhões por ano.

POR RAFAEL COSTA – FOLHAMAX

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