Polícia intensifica buscas por cunhados desaparecidos em Rosário Oeste
Em decorrência das dificuldades encontradas pela Polícia Civil para localizar a dupla de desaparecidos, a região de Chapada dos Guimarães e Rosário Oeste recebeu reforço nas buscas.
O Comando Regional de Cuiabá, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) auxiliam na força-tarefa organizada para cuidar do caso.
A investigação, que a princípio estava sob o comando da Delegacia de Chapada dos Guimarães, foi transferida para a regional de Rosário Oeste, após o assassinato de um casal que testemunhou sobre o caso.
Conforme o delegado da Polícia Civil de Rosário Oeste, Guilherme Fachinelli, que agora conduz o inquérito, o assassinato do casal de testemunhas está ligado ao sumiço dos cunhados.
“O assassinato do casal está conectado ao desaparecimento dos homens. Como o crime aconteceu em Rosário Oeste, as investigações foram transferidas para o município”, disse.
As duas vítimas foram as últimas testemunhas a verem os desaparecidos com vida. Em depoimento à Polícia Civil, eles disseram que uma terceira pessoa acompanhava os cunhados, momentos antes do desaparecimento da dupla.
“Acreditamos na hipótese de que havia uma terceira pessoa, que foi identificada, com a dupla desaparecida e estamos investigando”, afirmou.
Após prestarem depoimentos sobre o sumiço da dupla, o casal foi assassinado. Em razão das coincidências dos fatos, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de o assassinato ter sido motivado pelas declarações dadas pelo casal.
“Recebemos diversas informações sobre esse caso. Uma delas afirmava que mexeram no local do crime, onde ocorreu o assassinato do casal”, afirmou o delegado.
Conforme Fachinelli, as informações desencontradas, que foram repassadas desde o início das investigações, dificultam a conclusão do caso.
“As informações são confusas e a todo o momento chegam novidades sobre esse caso”, disse.
“Ainda não é possível afirmar que o sumiço dos cunhados desaparecidos é assassinato. Por enquanto, eles são considerados como desaparecidos”, completou.
Automóvel da dupla
O automóvel em que estava a dupla desaparecida - um Celta - foi encontrado em 15 de julho, com o para-choque quebrado, na zona rural de Chapada dos Guimarães.
Após as perícias no veículo, o delegado de Chapada dos Guimarães, Diego Martiniano, que cuidava do caso, contou que não foram encontrados indícios que auxiliassem nas investigações.
“A perícia no carro não encontrou sangue, nem sinais de violência”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil informou que a esposa de Wagner França disse que o homem estava trabalhando com diamantes.
Apesar de ainda não ter confirmação sobre o motivo que levou a dupla à região do Manso, a Polícia Civil descartou a hipótese inicial de que eles tenham ido pescar.
“A informação que temos é de que o Wagner trabalhava com compras e vendas de automóveis. O Fábio estava acompanhando”, explicou Martiniano, à época.
POR VINÍCIUS LEMOS - MÍDIA NEWS