Header Ads

Mauro Zaque: "Privatização é saída para barrar armas e drogas nos presídios"

Secretário de Segurança, Mauro Zaque diz que o Estado brasileiro não tem condições de gerir o sistemaO secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que o Estado brasileiro não tem competência para administrar o sistema prisional.

Ele disse que a privatização dos presídios é uma das soluções para frear irregularidades, como a entrada de armas e drogas nas unidades.

“Eu vejo com bons olhos a privatização dos presídios. O Estado brasileiro tem que admitir que não tem competência para administrar o sistema prisional”, afirmou o secretário, em entrevista ao programa "Conexão Poder", da TV Pantanal, no domingo (13).

Em Mato Grosso, segundo Zaque, o Executivo já avalia alguns contratos para privatizar o sistema penitenciário.

Na última semana, o governador Pedro Taques (PSBD) revelou que o Estado estuda fazer uma Parceria Público-Privado para a construção de mais um presídio em Mato Grosso.

000 O objetivo, conforme o governador, é diminuir o déficit no sistema prisional do Estado, que hoje é de aproximadamente 4 mil vagas.

Taques preferiu, no entanto, não adiantar detalhes sobre a construção da nova unidade penitenciária, já que, segundo ele, as conversas nesse sentido ainda estão em fase inicial.

Na semana passada, o juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto, da 2ª Vara de Execuções Penais de Cuiabá, mandou interditar parcialmente quatro unidades prisionais da Capital e uma de Várzea Grande, por conta da superlotação.

Na entrevista, Mauro Zaque também defendeu que os criminosos precisam pagar com trabalho a estadia nos presídios.

“O indivíduo que está preso tem que ser obrigado a trabalhar. O que nós não podemos permitir é de que o criminoso entre no presídio e passe o dia inteiro comendo, bebendo, dormido e encomendando crime pelo celular. Esse indivíduo, inclusive, tem que pagar financeiramente pela sua estadia dentro da cadeia”, afirmou.

Legislação mais dura

Durante a entrevista, o secretário Mauro Zaque ainda afrmou que o Congresso Nacional precisa mudar, com urgência, a Lei de Execução Penal.

Para ele, o indivíduo que cometer algum tipo de delito precisa ter a consciência que vai pagar pelo o que fez.

“O cidadão precisa saber que, se cometer um crime, vai ter que cumprir a pena. Não podemos permitir que o indivíduo que assalta uma, duas, três vezes continue solto”, afirmou

“Não quero aqui colocar a culpa no Poder Judiciário, que solta os criminosos. Sabemos que o Estado também não oferece estrutura necessária para guardar essas pessoas, e tudo isso precisa ser mudado, com uma legislação mais dura, mais coerente”, completou.

Fronteira

Mauro Zaque informou que Mato Grosso está se articulando para fechar a "fronteira seca" de mais de 700 quilômetros entre o Estado e a Bolívia, na tentativa que coibir a entrada de droga no país.

Segundo o secretário, o Governo Federal não tem dado o apoio necessário para ajudar na segurança da região.

“Estamos fechando a fronteira independente de Governo Federal. Só até julho, já havia sido apreendido mais entorpecentes do que o ano passado inteiro. Não podemos esquecer que, no ano passado, nós tivemos três meses de presença massiva de policial, que foram as datas da Copa do Mundo em Cuiabá”, concluiu.

POR THAIZA ASSUNÇÃO – MÍDIA NEWS

Tecnologia do Blogger.