Foragido: Justiça decreta prisão de Silval Barbosa
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que deveria ter comparecido à CPI da Sonegação Fiscal na tarde desta terça-feira na Assembleia Legislativa, já é considerado um foragido da justiça. Ele teve sua prisão decretada pela Justiça e não foi encontrado nem em sua casa, nem em seu escritório. Agentes acreditam que ele tenha deixado Mato Grosso ainda na manhã desta terça-feira. Já seus ex-secretário Pedro Nadaf, da Casa Civil e Marcel de Cursi, da Fazenda, foram presos esta tarde. Nadaf e Marcel Curci devem seguir ainda hoje para o Centro de Custódia de Cuiabá, onde ficarão presos.
Na Assembleia Legislativa, onde o ex-governador deveria ter ido esta tarde para prestar depoimentos o movimento é intenso de policiais da Delegacia Fazendária de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá de Estado Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda) foram presos na tarde desta terça-feira (15), em Cuiabá. Além das prisões, decretadas pela juíza Selma Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado da Capital, há outros mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva. Um quarto mandado de prisão teria sido emitido para um outro ex-secretário que também não foi encontrado.
O motivo seria a concessão ilegal de incentivos fiscais bilionários como por exemplo no caso do grupo JBS/Friboi. Somente neste caso, o Estado teve um prejuízo de R$ 73 milhões. Segundo a polícia, a operação acontece no âmbito de inquérito policial que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo entre 2013 e 2014, e apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos mandados de prisão, de busca e apreensão, e medidas cautelares de monitoramento eletrônico e condução coercitiva.
A residência de Silval Barbosa também teria sido alvo da operação. A ação é realizada pelo grupo operacional do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), força-tarefa permanente composta pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público, secretaria de Fazenda e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado, informa que deflagrou a operação.
O secretário-geral do Cira, promotor Fábio Galindo, informa que a operação ocorre no curso da investigação criminal iniciada há mais de quatro meses e está amparada em robusto acervo de provas da participação dos investigados e mediante minuciosa análise de dados e de documentos, dentro das mais modernas técnicas de Inteligência. Ainda segundo ele, a ação foi autorizada pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá. O nome da operação é uma referência à cidade de Sodoma, que foi destruída em razão dos elevados níveis de corrupção praticada pelos seus moradores.
Jonas Jozino e Fernanda Leite / Redação 24 Horas News