Dilma quer negociar ministérios para o PMDB e atender parlamentares
O PMDB negocia com o governo uma indicação ministerial que agrade a bancada do partido na Câmara. A articulação dentro do próprio partido tem sido conduzida pela ministra Kátia Abreu (Agricultura) em conversas com o líder peemedebista na Casa, deputado federal Leonardo Picciani (RJ), segundo integrantes do PMDB que acompanham a negociação. O PMDB possui a maior bancada da Câmara - Casa que analisa pedido de impeachment da presidente. A presidente Dilma Rousseff reuniu ministros neste sábado (19), no Palácio da Alvorada, para discutir o redesenho dos ministérios que deve ser anunciado até quarta-feira (23). Estavam entre os presentes os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Valdir Simão (CGU).
Hoje, o PMDB detém o comando de seis pastas: Agricultura, Minas e Energia, Turismo, Pesca, Portos e Aviação Civil. Os dois primeiros, na avaliação de um ministro, não correm o risco de serem destinados a outras siglas. Já o ministério dos Portos e a pasta da Pesca devem se fundir com outros já existentes - Transportes e Agricultura, respectivamente.
A reforma administrativa e ministerial tem ocupado a agenda da presidente ao longo da última semana. Ontem (18), o mesmo grupo se reuniu até o período da noite para realizar o levantamento da estrutura de todos os ministérios. Ao todo são 38 pastas. O Palácio do Planalto determinou um estudo sobre a estrutura física, funcionários e o papel de cada secretário, além dos programas prioritários de cada pasta que podem ser realocados para outras no caso de fusão de ministérios.
A redução de ministérios é ensaiada pelo governo há quase um mês. O ministro do Planejamento anunciou o corte no dia 24 de agosto, em coletiva no próprio Palácio do Planalto. Na ocasião, a ideia surgiu como uma agenda positiva para minimizar o impacto da saída do vice-presidente Michel Temer (PMDB) da articulação política. Temer passa o final de semana em São Paulo e não participa da reunião deste sábado (19).
Fonte: Estadão