Da melancia ao milho, agricultores apostam em soluções naturais para aumentar a produtividade
Os cultivos de melancia brasileiros podem ser afetados por mais de trinta doenças, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entre elas, estão as causadas por nematoides, que provocam nas plantas efeitos como diminuição no crescimento e deficiência de nutrientes, além da baixa produção de frutos ou frutos de tamanho reduzido. Sintomas como esses eram conhecidos pelo agricultor Aluísio Fernandes, de Ribamar Fiquene (MA).
Com a incidência do problema, a produtividade da cultura caiu de 35 para 17 toneladas por hectare. “A ferramenta mais eficiente que encontramos para viabilizar o plantio de melancia foi reestabelecer flora a microbiológica do solo com a aplicação de soluções como o Nem-Out e o Soil-Set, desenvolvidas pela Alltech Crop Science. O resultado foi bem satisfatório, porque em 2014 atingimos 38 toneladas por hectare e este ano a expectativa é chegar a 40”, avalia.
“Não optamos pelo controle de nematoides através do uso de insumos químicos porque são muito agressivos ao meio ambiente e apresentam riscos de aplicação”, observa Fernandes. Além de utilizar produtos de origem natural que ajudam a promover o equilíbrio microbiológico, ele também adota outras técnicas de manejo que visam à conservação do solo, como a rotação de culturas e o plantio direto.
Sustentabilidade
Assim como em variedades de hortifruti, produtores têm apostado em alternativas sustentáveis no cultivo de grãos. Um exemplo é o agricultor Sandro Augusto Gutierres de Oliveira, de Campo Verde (MT), que teve problemas de fitotoxidade na plantação de milho. A ação tóxica causa principalmente a má formação ou a mortalidade de plântulas, provocando perdas consideráveis de produtividade.
“A degradação do milho já estava em estágio avançado, inclusive acreditávamos que não teria recuperação, mas fizemos aplicações de Liqui-Plex Bonder e Liqui-Plex Vegetables e tivemos bons resultados. Depois, também utilizamos no feijão, que estava apresentando os mesmos efeitos. As soluções não causam danos ambientais e constatamos uma eficiência superior a outros insumos”, afirma Oliveira.
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