MT vai demorar uma década para se recuperar de roubalheira, diz Wilson Santos
O secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB), afirmou que o estado de Mato Grosso vai demorar dez anos para se recuperar da “roubalheira” feita pela administração do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Santos também disse que admira a coragem do governador Pedro Taques (PSDB) em enfrentar as crises e que elas são consequências das práticas de Silval Barbosa.
“Crise todo governo tem, os próximos também terão. A roubalheira desenfreada que aconteceu na gestão anterior comprometeu o nosso governo e ainda vai comprometer por mais um tempo. Geralmente leva-se uma década para se restaurar das loucuras e absurdos que foram feitos no comando deste Palácio [Paiaguás]”, esclareceu Wilson Santos, nesta segunda-feira (2).
O assunto foi tema de uma extensa reportagem feita pelo jornal de maior circulação no Brasil, a Folha de São Paulo, neste final de semana, o qual afirma que a “gênese” de todas essas crises são os desmandos da gestão passada. Segundo Santos, este governo apenas vivencia as consequências de uma gestão que “logrou” do erário Estadual mais de R$ 1 bilhão, segundo a Controladoria-Geral do Estado.
O ex-governador Silval, que admitiu ser o líder da quadrilha que saqueou os cofres do Estado, firmou delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. O próprio ministro, que é relator do tema na Suprema Corte, afirmou que a delação é “monstruosa”.
Na delação, Silval se comprometeu em devolver apenas R$ 70 milhões aos cofres públicos. Este fato gerou indignação de políticos em Mato Grosso, que questionaram os valores infímos a serem devolvidos, em relação ao que foi usurpado dos cofres estaduais.
Dentre as crises enfrentadas pelo governo está o financiamento da saúde, com os hospitais filantrópicos ameaçando fechar as portas novamente. Somando a isso, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) ingressou com uma ação na Justiça cobrando regularidade nos repasses para a Saúde. O governo alega que falta verba no caixa para fazer os repasses.