PM orientou manifestantes antes de confusão no Paiaguás
Em vídeo, é possível ver o policial alertando sobre a possibilidade de prisão e apreensão de materiais
Em vídeo que circula nas redes sociais é possível ver um policial militar orientando os manifestantes na manhã desta terça-feira (31), em frente ao Palácio Paiaguás.
"Vocês podem manifestar, mas não podem impedir o trânsito na via. Se vocês impedirem a passagem de veículos, nós vamos utilizar os meios necessários para desobstruir a via”, disse o PM.
O policial segue o aviso dizendo “que quem tentar impedir a ação policial será preso”.
Mesmo após o início de um diálogo, houve confronto entre policias e manifestantes grevistas do Detran. Três foram detidos e encaminhados para o Cisc Planalto.
No vídeo é possível ver ainda o PM falando sobre a apreensão de materiais, caso fossem utilizados no meio da via, como barracas, mesas e cadeiras.
Depois da detenção dos servidores, houve momentos de tensão, gravados pela reportagem do LIVRE, mas não houve novo confronto físico. Confira:
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A Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) emitiu nota de repúdio à “violência e as agressões da polícia contra as trabalhadoras e trabalhadores do Detran”. A Adunemat afirmou que os fatos registrados hoje são “um ataque a todo o movimento sindical de Mato Grosso, ao direito de greve e à democracia”. Eles alertam, ainda, que se houver atrasos salariais os servidores vão parar.
Confira a nota na íntegra:
A diretoria da ADUNEMAT repudia a violência e as agressões da polícia contra as trabalhadoras e trabalhadores do DETRAN, efetuada nesta terça feira em frente à Casa Civil, em Cuiabá.
Para este governo do Estado desmoralizado, envolvido em escândalos de grampos telefônicos e em corrupção, fazer manifestações para reivindicar direitos é inaceitável e motivo para intervenção policial. É inaceitável! Trata-se de um ataque a todo o movimento sindical de Mato Grosso, ao direito de greve e à democracia.
Essas agressões são uma reação do governo do Estado à aprovação da PEC do teto de gastos: violência contra o povo, com menos direitos aos serviços públicos, e violência contra os sindicatos que defendem esses direitos do povo.
Reafirmamos que não nos intimidaremos e não iremos recuar na defesa dos serviços públicos que atendem à população de Mato Grosso.
E o governo do Estado ainda fala em atrasar os salários dos/as servidores/as. Pois desde já advertimos: se o salário atrasar, nós servidores/as vamos parar!