Testes apontam eficácia de Criptografia Totalmente Homomórfica
A equipe de pesquisa da IBM divulgou resultados positivos sobre o estudo de Criptografia Totalmente Homomórfica (Fully Homomorphic Encryption). Revelada no dia 30 de julho, a pesquisa de campo comprovou que o FHE se mostra eficiente na proteção de dados em gerenciamentos de sistemas, competente em operações matemáticas com dados criptografados e seguro nas pesquisas em bancos de dados.
Os dados costumam ser criptografados em trânsito ou em repouso, mas se encontram descriptografados quando em uso, permitindo uma pequena brecha para que insiders e hackers consigam coletar informações. Por meio de operações matemáticas diretas nos dados encriptados, o FHE faz com que os dados permaneçam criptografados mesmo enquanto são manipulados.
Prós
Ao fazer um cálculo criptografado em um sistema gerenciado por terceiros, os administradores — e só eles — conseguem acessar os seus dados e até alterar o conteúdo de sua RAM. Isso porque, apesar de a criptografia impedir o acesso de dispositivos alheios, ela não bloqueia o "privilégio" que os administradores do sistema possuem.
Contudo, segundo a empresa, ao utilizar o FHE, a proteção de seus conteúdos contra os sistemas remotos é garantida, pois o modelo opera com dados criptografados a todo momento.
A possibilidade de a Criptografia Totalmente Homomórfica operar qualquer cálculo permite ao usuário realizar uma pesquisa em um banco de dados sem que o proprietário saiba sobre os termos pesquisados pelo usuário e os resultados mostrados. Ambas as partes podem descobrir intersecções dos conjuntos de dados, mas sem revelar o real conteúdo vasculhado.
Contras
Apesar das inúmeras possibilidades que o FHE permite, a infraestrutura necessária para operar o sistema é "exigente". O gráfico abaixo, divulgado pela IBM, mostra que os modelos de machine learning encriptados com o FHE exigem 40 vezes mais energia e 50 vezes mais memória do que uma máquina sem a criptografia.
Fonte: olhardigital