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Banimento do TikTok nos EUA abre péssimo precedente, diz Zuckerberg



O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou nesta quinta-feira (6) que o banimento do TikTok nos Estados Unidos abre um "péssimo precedente". A declaração do executivo ocorreu durante reunião com funcionários da companhia, que o questionaram se a empresa avalia adquirir a operação da plataforma chinesa.

Zuckerberg respondeu que não comenta estratégias de aquisição da empresa durante reuniões gerais da corporação. Ele pontuou, no entanto, que o caso do TikTok representa uma "circunstância extraordinária".

"Eu estou realmente preocupado. Isso pode ter consequência a longo prazo em outros países ao redor do mundo", declarou o empresário. Segundo Zuckerberg, a questão precisa ser discutida com o "máximo de cuidado e gravidade, seja qual for a solução".

O fundador da rede social apontou que o TikTok é afetado no momento, mas sugeriu que produtos do Facebook podem ser alvo de outros países posteriormente. Ele disse, no entanto, a preocupação do governo norte-americano sobre a segurança dos dados do aplicativo controlado pela ByteDance são válidas.

"Eu certamente penso que há questões válidas de segurança nacional sobre ter um aplicativo que possui muitos dados de pessoas e que segue as regras de outro país cujo governo é cada vez mais visto como um concorrente", afirmou. O TikTok nega que o governo chinês possa interferir nas operações da plataforma.

O empresário ainda foi questionado se a situação favorece a empresa na competição com a plataforma chinesa. Segundo Zuckerberg, os benefícios são pontuais e não se configuram a longo prazo. Ainda assim, o executivo destacou que o banimento do TikTok pode ajudar na consolidação do Instagram Reels.

"Sim, eles são concorrentes este ano e, neste mês... talvez no próximo mês o nosso engajamento aumente. Talvez isso torne a implementação do Reels um pouco mais fácil. Mas você não administra uma empresa [pensando] no próximo mês ou no próximo trimestre.", afirmou Zuckerberg.
Banimento oficial

Na noite desta quinta-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que proíbe o download do TikTok no país a partir de 20 de setembro, a menos que o app seja adquirido por outra companhia. O argumento central da Casa Branca é de que o governo chinês pode ter acesso aos dados de usuários da plataforma, uma vez que a ByteDance é sediada no país asiático.

"A disseminação de aplicativos controlados pelo governo chinês ameaça a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos", diz o documento assinado por Trump. A ByteDance, por sua vez, declara repetidamente que a operação da plataforma não sofre influências governamentais. Em resposta ao decreto norte-americano, o TikTok afirmou em comunicado que a medida estabelece um precedente perigoso para os conceitos de liberdade de expressão e mercado.

A Microsoft já confirmou o interesse em comprar as operações da rede social chinesa em mercados globais. Enquanto o negócio não é consolidado, a ByteDance apresenta medidas para aprimorar a confiança global nos negócios da empresa. Nesta semana, a companhia disse que os dados de usuários europeus do TikTok serão armazenados em um datacenter na Irlanda com inauguração prevista para 2022.

Fonte: olhardigital
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