Botijão de gás chega a R$ 190 e presidente do Sinergás vê oportunismo
As distribuidoras de gás dos municípios mato-grossenses estão sofrendo com a greve dos caminhoneiros dos últimos dias. Enquanto alguns comerciantes estimam prejuízo de 70% das vendas, outros se aproveitam da demanda para alavancar os preços. Foi possível encontrar em Cuiabá a unidade do botijão sendo vendida a R$ 190.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP do Centro-Oeste em Mato Grosso (Sinergás-MT), Alan Rener Tavares explicou que junto ao Comitê de Crise do Governo do Estado está sendo possível planejar a normalização do serviço. Antes dos debloqueio das estradas, gás de cozinha era tratado como prioridade para a escolta.
Apesar da escassez, Tavares assegurou que não houve nenhum reajuste no valor do gás. Além disso, classificou os empresários que cobram até R$ 190 em um botijão de oportunistas. “Não subiu o preço do gás. O preço que estava sendo comercializado o ano todo vai continuar. Se a população estiver pagando mais da média que é R$ 95, está acontecendo oportunismo. O empresário ganancioso se aproveita do momento para literalmente roubar a população. Todos os segmentos tem este tipo de empresário aproveitador, não é diferente no nosso”, concluiu.
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã da segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros. Na manhã de quarta-feira (30), após um acordo do Governo Federa e a intervenção do Exército, as vias começaram a ser liberadas.