Taques evita confronto e nega pedidos "não republicanos" de empresário e deputado
O governador Pedro Taques (PSDB) comentou sobre as críticas que tem sofrido de aliados e ex-aliados, como o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), e o empresário e presidente do Sindicato dos Postos (Sindipetróleo), Aldo Locatelli. Taques preferiu elogiar ambos, inclusive Locatelli, que recentemente assinou uma carta com outros 30 nomes, explicitando os motivos pelos quais não apoiariam mais o atual governador.
O empresário publicou uma nota, esta semana, ressaltando que rompeu com o chefe do executivo estadual por estar farto de promessas. Segundo Taques, Locatelli nunca exigiu nada "não republicano" e que defendia a sua categoria, o que ele considera como algo legítimo. “O Aldo tem todo direito de apoiar o candidato que ele desejar, e pelo que me consta, ele apoiará Wellington Fagundes. Continuo respeitando-o da mesma forma. Ele tem uma defesa de diminuição do valor do ICMS, só que neste momento, não tivemos condições de fazer, sob pena de prejudicarmos mais ainda a saúde e a segurança, mas respeito a posição dele, que nunca me pediu algo não republicano”, esclareceu Pedro Taques.
O governador também comentou as críticas feitas recentemente por Eduardo Botelho. O presidente da ALMT afirmou em um encontro do Democratas, na última semana, que a gestão de Pedro Taques está deixando a desejar, e que está ‘faltando tudo no Estado’. “Vejo qualquer crítica de qualquer companheiro como absolutamente legítima. Tem que criticar sim, mas em relação a saúde, por exemplo, ‘estabilizamos o paciente’”, afirmou Taques, destacando que sua gestão tem tomado medidas para amenizar os problemas no setor, como a criação do Fundo Especial de Estabilização Fiscal (FEEF).
O presidente da Assembleia Legislativa era um dos últimos nomes do Democratas que ainda não havia criticado o governador, desde que o partido decidiu lançar o nome do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, como pré-candidato ao Governo do Estado. Botelho era, até a última semana, um dos mais ferrenhos defensores de Taques.