"Quando dava descarga no gabinete, o cocô voltava", dispara Taques sobre situação que recebeu Estado
O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a lamentar a situação com a qual assumiu o Governo do Estado. Para ele, a crise financeira vivida durante boa parte de sua gestão tem como motivo a corrupção que ocorreu no mandato de Silval Barbosa, entre 2010 e 2014.
Durante evento que cria o Fundo Estadual de Saúde, que irá receber os recursos do Fundo Emergencial de Equilíbrio Fiscal (FEEF), Taques declarou que havia “muitos podres” na gestão passada que complicaram o desenrolar de sua gestão. "Quando eu assumi o governo, se você desse descarga no gabinete do governador, o cocô voltava. Imagina o estado que estava a Secretaria de Saúde", disse o tucano.
Taques fez alusão a saúde porque o novo fundo tem como objetivo custear a saúde pública, que tem déficit milionário. A Secretaria de Saúde terá autonomia para gerir os recursos do FEFF.
Desde a gestão passada, o gerenciamento dos recursos destinados à saúde pública era feita pela Secretaria de Fazenda.
Com previsão é de arrecadar R$ 180 milhões por ano, tem como objetivo, além de cobrir o déficit da saúde, de custear os hospitais filantrópicos e promover novas ações. O governador alega que o déficit da saúde não é oriundo apenas de sua gestão. Apontou que assumiu a gestão com dívidas de cerca de R$ 300 milhões no setor, boa parte devido aos municípios para custeio da atenção básica.
O projeto do novo FEEF foi aprovado com um substitutivo integral e três emendas das 15 que foram apresentadas durante o seu trâmite no Parlamento. As emendas aprovadas foram as de números 13, 14 e 15. A emenda 13 é de autoria do deputado Dilmar Dal´Bosco (DEM), e as de números 13 e 14 são da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Pelo projeto, o novo fundo poderá existir por três anos (a contar de junho de 2018), ficando sujeito a renovação a cada 12 meses. Apesar dos recursos serem para pagar despesas da saúde, o fundo será gerido pela Secretaria de Estado de Fazenda.