Antônio Joaquim desafia ex-governador a apresentar provas de acusações
O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, concedeu coletiva na manhã desta terça-feira (26), em seu escritório, para expor sua indignação sobre o vídeo do depoimento do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa,, no qual o acusa de chantagem e extorsão no período em que esteve á frente do Executivo estadual.
“Eu desafio ao Silval botar uma fotografia ou filmeto, qualquer coisa que possa provar um contato meu com ele nesse período. Não há nada, absolutamente nada a não ser a palavra de um ladrão confesso”, discursou Joaquim sobre a ausência de provas que confirmam as denúncias de Silval.
Como ainda não foi apresentada alguma evidência física, todo o depoimento do ex-governador é baseado em testemunho oral, fato que desagrada o conselheiro afastado.
“Vivo um calvário deste setembro do ano passado em cima de só, e somente só, da palavra de um ladrão confesso, um bandido confesso, um gangster confesso”, desabafou o conselheiro afastado.
No depoimento divulgado no último fim de semana, o ex-gestor voltou a denunciar cinco conselheiros afastados do Tribunal de Constas do Estado (TCE) por extorsão com os relatórios das obras da Copa do Mundo 2014 que teria sido praticada pelos conselheiros. Porém, Joaquim alega que os sete relatórios assinados por ele são técnicos e foram elaborados por três auditores públicos externos e um técnico de controle público externo.
“Os quatro técnicos são responsáveis 100% pelos relatórios”. Joaquim descreveu o trajeto do relatório, justificando não ter feito nenhuma alteração no conteúdo elaborado. “Chegou em mim, imprensa, publicava no site do Tribunal, levar e ler no plenário do Tribunal”.
Antônio Joaquim lamenta ter sofrido as duas penalidades, afastamento do cargo e o impedimento de aposentar, e segue recorrendo. “Me tiraram o direito líquido e certo, constitucional de me aposentar”.
O pedido de aposentadoria foi protocolado no TCE em setembro do ano passado, mas não recebeu o aval do governador Pedro Taques. Na época, o conselheiro declarou que Taques ficou com medo de um possível enfrentamento nas eleições.
De acordo com o conselheiro o motivo é a proibição de se aposentar quando há um processo administrativo, porém ele nega ter algum processo. Mesmo sem ser réu, Antônio Joaquim segue afastado há nove meses.