Falso médico percorria bairros de Cuiabá e vendia exames de Covid por R$ 200
Uma família de Cuiabá foi vítima de um golpe de um falso médico. Segundo as vítimas, o estelionatário se apresentou como médico patologista e vendeu testes para a Covid-19 pelo valor de R$ 200 cada e fez, inclusive, a coleta de sangue.
O falso médico ainda ofereceu um exame preventivo para o câncer para outra pessoa da família, que desconfiou e chamou a polícia. Depois disso, o caso foi parar na delegacia de estelionato.
O suspeito foi indiciado por falsidade ideológica, falsificação de documentos, exercício ilegal da profissão e estelionato. O advogado Leonardo Bernazolli alerta que pelo simples fato de uma pessoa se apresentar como o profissional de saúde sem realmente ser e recomendar algum tratamento, já se configura em crime. “Porque ele lucra indevidamente sobre meio ardil. Dependendo da quantidade de vítimas e da forma como esse crime se estabelece, pode se configurar um concurso material em que as penas podem ser somadas e chegar em uma condenação bastante considerável com anos de reclusão”, afirma.
A diretora executiva do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat), Patrícia West, diz que é preciso estar atento no local em que os exames são feitos. “A gente orienta que se seja feito em um laboratório, em um hospital ou em um estabelecimento de saúde. Ele pode ser feito no local de trabalho por exemplo ou pode ser feito em domicílio, mas sempre por um profissional habilitado e credenciado a um laboratório”, afirma.
Segundo a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) Hildenete Fortes, o ideal é que com os primeiros sintomas, o paciente procure um médico na rede hospitalar e faça os testes para a Covid-19 somente com prescrição. “Esses testes podem dar falso positivo e muito falso negativo porque são testes rápidos. Na verdade, estão vendo a questão da imunidade da pessoa. Para um diagnóstico definitivo, ele não é tão eficaz. O melhor teste para se identificar a fase aguda da doença é o PCR, que é o exame que é colhido pelo nariz e pela garganta”, afirma.
Fonte: folhamax