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“Vão esperar um atentado para concluírem que corro riscos?”

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Fonte: Nortão noticias

A juíza aposentada Selma Arruda, pré-candidata ao Senado pelo PSL, negou que haja "cunho político" na decisão do governador Pedro Taques (PSDB) em determinar que a Casa Militar providencie escolta de segurança a ela.

A acusação foi feita pelo deputado estadual Zeca Viana (PDT) na última quarta-feira (13). O parlamentar disse que a intenção de Taques seria cooptar Selma para sua chapa à reeleição.

O pedido de proteção foi feito pela própria Selma a Taques, diante da decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça (TJ-MT) em suspender, por completo, a segurança dela.

“Eu não consigo ver esse interesse político. O governador Pedro Taques não aventou essa hipótese. A decisão dele não foi vinculada a nenhum interesse político. Quem teve acesso à decisão viu que foi absolutamente técnica”, disse Selma, em entrevista à rádio Capital FM, na última semana.

Ele [Taques] é uma pessoa que é profunda conhecedora de leis e da Constituição. Ele sabe que as pessoas têm seus direitos e resolveu tecnicamente conceder. Agora, oposição sempre vai haver. Alguns usam isso como viés político. Mas não tem viés político algum”, completou.

Selma negou que a escolta determinada por Taques cause prejuízos ao erário. Disse que devem ficar à sua disposição de um a quatro policiais que já estavam na própria Casa Militar.

“Sobre o ponto de vista de gasto público, também posso te assegurar que eles são mais baratos ao erário do que aqueles policiais militares que fazem a segurança via Tribunal de Justiça, porque o Judiciário paga um adicional para os militares que são lotados lá. O que o Executivo não faz”, afirmou.

A juíza aposentada disse que irá recorrer da decisão do TJMT ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos próximos dias.

Segundo ela, os argumentos serão os mesmos utilizados no pedido ao Judiciário de Mato Grosso.

“Eles usaram como argumento o fato de terem ouvido uma pessoa, suspeita de me ameaçar, dizer que não tinha me ameaçado. Então, a palavra daquela pessoa valeu mais para o Tribunal de Justiça do que o interesse em resguardar um magistrado”, disse.

Ela criticou a decisão e questionou se será preciso sofrer um atentado para que tribunal entenda que ela corre riscos.

“Ainda que não houvesse nenhuma ameaça concreta, ainda que se chegue à conclusão de que não houve ameaça, o fato de eu ter lidado com as organizações criminosas com as quais lidei, por si só, me torna uma pessoa vulnerável”, afirmou.

“Não é possível que vão esperar que atirem em meu carro ou façam um atentado concreto para depois as pessoas concluírem que eu corro riscos. Isso não é justo. A gente precisa estar no velório de uma pessoa para depois reconhecer que essa pessoa precisava de segurança? Não é assim que funciona”, completou.

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