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SP: Pai é condenado por matar própria filha

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FONTE: G1

O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo aumentou para 14 anos de prisão a pena do empresário Renato Grembecky Archilla, condenado por mandar matar a filha em 2001. O caso ficou conhecido à época como “crime do papai noel”, pois o atirador contratado se vestiu de “bom velhinho” para abordar a vítima, Renata Archilla. Ela sobreviveu ao atentado.

O empresário pegou 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão em fevereiro do ano passado por arquitetar o homicídio. O avô da vítima, Nicolau Archilla Galan, foi acusado pelo mesmo crime, mas morreu um ano antes do júri.

A defesa do empresário recorreu pedindo a anulação do julgamento, o que foi negado pelos desembargadores da 4ª Câmara do TJ. Já o promotor Felipe Zilberman pediu para a segunda instância aumentar a pena, o que foi aceito.

Por ser até então réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, Archilla pôde recorrer em liberdade. Agora, com a condenação em 2ª instância, deverá passar a cumprir a pena. “Agora ou ele será preso ou passará a viver como foragido”, disse o promotor.

O G1 não encontrou a defesa de Renato para comentar o aumento da pena. Na época do crime, a mulher lutava na Justiça para ser reconhecida como filha do empresário e ter os direitos garantidos. Segundo a acusação, Renato e o pai dele, Nicolau Archilla Galan, contrataram o policial militar José Benedito da Silva para executá-la.

O policial colocou a roupa de papai noel e abordou Renata em um semáforo de trânsito no Morumbi, na Zona Sul da capital. Ela foi atingida três vezes, mas sobreviveu.

O PM foi reconhecido e, em 2006, condenado a 13 anos e 4 meses de prisão. Além disso, acabou expulso da corporação. Após o júri do pai, no ano passado, Renata disse que a sentença "tirou um peso" de suas costas. "O que vai ficar marcado é que o mandante do crime foi condenado”, afirmou. ”É difícil saber que seu pai e sua mãe namoraram dois anos, decidiram ter um filho e com 22 anos meu pai me manda me matar."

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