Professora que atropelou 3 jovens e matou uma paga fiança de R$ 9,5 mil e sai da prisão
A motorista passou com duas rodas sobre o corpo de Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, que morreu na hora.
A professora da UFMT Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 33 anos, que atropelou três pessoas na madrugada de domingo (23), foi liberada da prisão após o pagamento de 10 salários mínimos, o que dá R$ 9,5 mil reais. Ela passou por audiência de custódia no fórum de Cuiabá na tarde desta segunda-feira (24) com o juiz de plantão da Vara Criminal, Jeverson Luiz Quinteiro.
Além da fiança, a Justiça impôs medidas restritivas contra ela, como ter que comparecer ao Fórum de Cuiabá mensalmente, não frequentar bares e boates e não sair às ruas no período noturno. Ela teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.
“Ela não vai usar tornozeleira, não há porque monitorar por ela não representar risco. Foi aplicada a Lei, o que está no Código (Brasileiro de Trânsito). Não havia a menor possibilidade de decretar a prisão preventiva, no meu entendimento”, disse o magistrado à imprensa.
Rafaela dirigia uma picape Renault Oroch quando atingiu três jovens que saiam da Boate Valley Pub, na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá. Ela foi presa momentos após o acidente e ficou detida na Central de Flagrantes até o momento da audiência de custódia.
Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, morreu na hora. Também foram atropelados Hya Giroto dos Santos, de 21 anos, e Ramón Alcides Viveiros, de 25 anos.
Ramón é cantor sertanejo e filho do procurador de Justiça Mauro Viveiros. Ele sofreu um traumatismo craniano, passou por um neuro procedimento para diminuir a pressão sobre o cérebro e está internado na Amecor, em estado grave.
Hya Girotto está na UTI do Pronto-socorro Municipal de Cuiabá e respira por aparelhos. Os dois estão em coma induzido.
O atropelamento foi registrado por câmeras de segurança. No atropelamento, Rafaela tentou fugir, mas acabou detida. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, porém, estava embriagada conforme a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
O caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran).
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