Polícia identifica 'curandeiro’ que obrigava adolescentes ficarem peladas no WhatsApp
Ednei já fez dezenas de vítimas em Mato Grosso e é conhecido como “Maníaco do telefone” ou “Mosquito”.
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher Criança e Idoso de Várzea Grande (DEDMCI-VG) divulgou, nesta sexta-feira (30), a fotografia do falso curandeiro que ameaçava menores para que enviassem fotos e vídeos íntimos, por meio do aplicativo WhatsApp, para não serem amaldiçoados.
Edinei Honorato Lopes, 36, conhecido como “Maníaco do telefone” ou “Mosquito”, já foi preso três vezes e está com mandado de prisão preventiva decretada pela Justiça, desde março deste ano.
As investigações das Delegacias de Defesa da Criança e Adolescente da região metropolitana apontam que o acusado entra em contato com vítimas, sempre do sexo feminino, por meio de mensagens do Whatsapp afirmando que foi contratado para fazer um trabalho espiritual contra a criança ou adolescente. O objetivo do “trabalho” seria fazer a vítima ficar paraplégica e perder todo o cabelo.
Em seguida, o investigado declara que se a menor enviar fotos e vídeos íntimos não fará o feitiço.
Em Várzea Grande, o delegado de Defesa da Mulher, Criança e Idoso, Claudio Álvares de Sant'anna afirma que já foram identificados 10 casos apenas no município. Também foram registrados casos similares em outros locais da Baixada Cuiabana e em cidades do interior mato-grossense.
Edinei Honorato foi preso pela primeira vez em outubro de 2013, em ação da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), quando fez cerca de 40 vítimas, agindo da mesma maneira. Colocado em liberdade condicional com uso de tornozeleira eletrônica, o suspeito voltou a ser preso em junho de 2015, após ser flagrado com fotos de menores no celular.
A divulgação da fotografia e identidade de Edinei visa auxiliar na prisão do suspeito que responderá, a princípio, pelos crimes de constrangimento ilegal e ainda por “receber e ter armazenado fotos e vídeos de criança e adolescentes em situação de nudez”, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
“As vítimas ainda estão sendo ouvidas e diante dos depoimentos podem surgir outros crimes. Com a divulgação da identidade do suspeito, acreditamos que outras devem procurar a delegacia”, disse o delegado.
Denúncias sobre que possam levar a localização do suspeito podem ser realizadas através dos números 197 ou 3685-1236.