Marcius Melhem deixa cargo na Globo e Silvio de Abreu ganha mais poder
Em comunicado oficial emitido no início da noite desta sexta-feira (6), a Globo anunciou a saída de Marcius Melhem da liderança dos projetos de Humor. Conforme a nota, Marcius alegou “motivos pessoais”. Coincidência ou não, a medida se dá pouco mais de dois meses após a suposta acusação de assédio moral contra Melhem, por Dani Calabresa e outras atrizes do Zorra, vir à tona.
A saída de Marcius Melhem do posto amplia o poder de Silvio de Abreu; o autor de clássicos como Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986), Rainha da Sucata (1990) e A Próxima Vítima (1995) passa a acumular a responsabilidade pela área com as de Dramaturgia Diária e Semanal. Boninho e Mariano Boni seguem como diretores de Variedades.
“Por motivos pessoais, Marcius Melhem deixou a liderança dos projetos de Humor. Com isso, a área de Criação e Produção de Conteúdos da Globo, sob a direção de Carlos Henrique Schroder, vai redesenhar a sua estrutura de Dramaturgia. Os projetos de Humor, assim como os de Dramaturgia Diária e Semanal (novelas e séries), ficarão agora sob a responsabilidade direta de Silvio de Abreu”, adianta o comunicado.
“Marcius solicitou ainda licença das funções de roteirista e ator por um período de quatro meses”, concluiu a nota. Melhem estava à frente do Zorra e do Fora de Hora. O humorístico apresentado nas noites de terça-feira passa longe do sucesso, em audiência e repercussão, do antecessor Tá no Ar: A TV na TV – também responsabilidade dele e de Marcelo Adnet.
Cabe lembrar que, quando a suposta acusação de assédio moral tornou-se pública, por meio da coluna de Leo Dias, do UOL, a Globo informou que “todo relato de assédio, moral ou sexual, na Globo é apurado criteriosamente assim que tomamos conhecimento”.
No início de fevereiro, o elenco do Zorra assinou manifesto a favor do roteirista e ator, conforme divulgado por Maurício Stycer, também do UOL. Antes, em janeiro, a Globo optou por não promover a festa de lançamento do Fora de Hora justamente para “blindar” Melhem, como destacou João Batista Jr., da Veja.
Fonte: rd1