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Polícia investiga manipulação de crianças que fazem vídeo pedindo aumento para professores no Facebook;


O Conselho Tutelar de Cuiabá pediu à Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Dedica) para investigar vídeos, divulgados nas redes sociais durante o fim de semana, em que meninas aparecem pedindo para que o governador Mauro Mendes (DEM) pague o reajuste de 7,69% dos professores da rede de ensino estadual.

Além da investigação criminal, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) confirmou ao , na segunda-feira (1º), que vai abrir procedimento administrativo para apurar se há servidores da Educação envolvidos neste caso e se as crianças foram coagidas a gravar.

“Enviamos esse vídeo ao chefe de operações da Dedica, que é competente para investigar. O Conselho aplicará medida protetiva para as crianças porque a temos como vítimas. A criminalização do fato cabe à delegacia, que vai decidir se instaura ou não inquérito”, afirmou.

Os vídeos mostram as garotas afirmando que a greve é culpa do governador e que precisam voltar a estudar.

“Sou estudante de escola estadual. Mauro Mendes pague os direitos dos professores. Esta greve, a culpa é sua, precisamos voltar a estudar. Professores estamos com vocês”, diz uma delas na gravação.

“Governador pague logo o dinheiro dos meus professores, porque quero voltar a estudar”, diz outra estudante.

“Os pais são responsáveis, neste caso, o juiz vai interpretar se considera exposição ou não. O artigo 18º do ECA diz que é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente".

O coordenador do Conselho Tutelar de Cuiabá, Davino Mario Arruda declarou que medidas judiciais podem ser aplicadas caso fique provado que as crianças foram coagidas.

“Enviamos esse vídeo ao chefe de operações da Dedica, que é competente para investigar. O Conselho aplicará medida protetiva para as crianças porque a temos como vítimas. A criminalização do fato cabe à delegacia, que vai decidir se instaura ou não inquérito”, afirmou.

Em caso de abertura de inquérito e aceitação de denúncia, a Justiça vai decidir quais tipos de punições serão aplicadas.

“Os pais são responsáveis, neste caso, o juiz vai interpretar se considera exposição ou não. O artigo 18º do ECA diz que é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”, explicou.

O tentou posicionamento da Comissão da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), mas não obtivemos retorno até a publicação da reportagem.

Adoção na passarela

O controle à exposição de crianças e adolescentes tem sido cada vez maior. Em maio passado, um desfile de crianças e adolescentes em passarela para adoção dentro de um shopping de Cuiabá virou polêmica nacional.

A imprensa nacional declarou que o evento expôs crianças aptas à adoção, como se fossem mercadorias.

O site da Revista Extra publicou que o desfile foi “comparado por internautas a uma "vitrine" de loja e uma "feira de adoção" de animais de estimação”.

Já o R7, que pertence à TV Record, divulgou que o advogado e escritor Eduardo Mahon comparou o evento à feira de escravos, frequentada por latifundiários em busca de “trabalhadores”, os quais avaliavam pelo porte e pelos dentes.

A Revista Cláudia destacou que “na internet, o evento foi considerado como uma ideia equivocada e recebeu diversas críticas”. Guilherme Boulos, ex-candidato à presidência da República pelo PSOL, se posicionou no Twitter e considerou o desfile uma “perversidade inacreditável”.

Em Mato Grosso, a Defensoria Pública do Estado emitiu nota de repúdio.

O evento foi organizado pela Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), em parceria com a Comissão de Infância e Juventude (CIJ) da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), além de outras entidades do Estado.

Veja aqui os vídeos


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