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CRM inocenta médica que matou verdureiro atropelado em Cuiabá

atropelamento verdureiro, Letícia
G1

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) afirmou que a médica Letícia Bortolini não cometeu nenhum tipo de infração ao Código de Ética Médica ao atropelar, matar e fugir do local sem prestar socorro ao verdureiro Francisco Lúcio Maia, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. A constatação feita pela assessoria jurídica da entidade foi acatada pelo conselheiro instrutor, nomeado pelo CRM para ser o responsável pela instrução do processo.

Além disso, a assessoria jurídica do CRM afirmou ao conselheiro instrutor que a entidade não possui competência para analisar os fatos apresentados na denúncia contra a profissional. “Acato, por seus próprios fundamentos o parecer emitido pela Assessoria Jurídica do CRM-MT nas FLs 479 a 482, onde opina pelo acolhimento da preliminar de inexistência de infração ética e incompetência do CRM-MT”, afirmou o conselheiro, em despacho assinado no último dia 25.

A denúncia começou a ser apurada pelo CRM-MT há um ano, após a médica se envolver em um acidente com o verdureiro Francisco Lúcio Maia, em abril do ano passado. Com o parecer da assessoria jurídica do CRM, fica comprovado que Letícia não foi negligente após o atropelamento.

Na esfera criminal, a médica responde a uma ação penal, em fase de instrução. A oitiva de Letícia foi suspensa, por determinação do desembargador Orlando de Almeida Perri, que acolheu um pedido da defesa da profissional.

O depoimento da médica só ocorrerá após o advogado dela ter acesso a todos os laudos, imagens e fotografias feitas pela perícia, inclusive aquelas não utilizadas no inquérito.

Por meio de nota, a defesa da médica diz que "ao contrário do que afirma a autoridade policial, o laudo da Politec emitido momentos após o acidente atesta que a médica não estava embriagada;Ao contrário do que vem sendo veiculado, a liberdade da Letícia não tem nenhuma relação com o seu filho, mas porque o Desembargador responsável por analisar o caso entendeu que não havia nenhum motivo que justificasse a manutenção da prisão preventiva".

O atropelamento do verdureiro ocorreu por volta de 20h do dia 14 de abril. O veículo da médica seguia pela Avenida Miguel Sutil, sentido bairro/Centro. A vítima foi atingida pelo veículo no momento que terminava de atravessar o via.

O verdureiro tentava subir com seu carrinho na calçada quando foi atingido pelo carro e morreu no local. O veículo não parou para prestar socorro e foi encontrado em um condomínio no bairro Jardim Itália, na capital, após uma testemunha seguir o veículo e informar a polícia.

Uma testemunha viu a cena e seguiu o carro da médica, que entrou em um condomínio no Bairro Jardim Itália, em Cuiabá. À época, a médica Letícia Bortolini, após atropelar Francisco, fugiu do local. Ela foi presa na casa dela, em um condomínio da capital. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, entretanto, segundo a polícia, estava com sinais de embriaguez.

Ela foi solta dois dias depois sob a alegação de que ela tem um filho com 1 ano de idade e que precisa dos cuidados dela. Desde então, ela permanece em liberdade, atuando como médica na capital.
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