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MPE lista empresas que receberam R$ 8 milhões e lavaram dinheiro na gestão Roseli; confira

000Informações presentes na denúncia oferecida  em março de  2015 pelo Ministério Público de Mato Grosso em consequência da Operação Arqueiro, responsável por investigar um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), apontam doze empresas como peças primordiais nos desvios e lavagem de dinheiro. Na ocasião, a Setas, sob gestão da ex-primeira dama do Estado, Roseli de Fátima Meira Barbosa, sofreu um de prejuízo material de R$ 8.173.599,30. Atualmente, após delação oferecida no mês de agosto por Paulo César Lemes, réu no processo, novas informações foram acrescentadas aos autos, encorpando o protagonismo de Barbosa nos supostos crimes.


O quadro apresentado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) – ligado ao MPE – faz referência aos seguintes empreendimentos: Dragoni Consultoria e Associados S/S Ltda; HF Comércio de produto descartável e limpeza Ltda; M César Gattass Orro; GSW e JB Bezerra-ME; ABIX Comércio e Serviço LTDA; Papelaria Pantanal; Mercado Pinguim de Adilson Vilarindo de Almeida; Vanguarga Consultoria e Assessoria (Valdizar Paula de Andrade – ME); Capitólio produtos secos e molhados e prestação de serviços LTDA, Gularte e Santos LTDA- ME – Criativa; EGP da Silva, cujo nome fantasia é INTERGRAF gráfica e editora.

Ainda conforme o Ministério Público, desvios de verbas e lavagem de dinheiro também eram pagos por institutos sem fins lucrativos, de fachada, através da empresa Mathice, considerada o “quartel general” guiado por Paulo César Lemes, líder da suposta organização criminosa e delator do caso. A denúncia afirma ainda que a Mathice era ligada, no início das fraudes, à Microlins e aos Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT).

Após contribuição de Paulo César Lemes, a denúncia foi editada na Sétima Vara Criminal, anexando novos fatos. O segrede de justiça destinado aos documentos prejudica a possível identificação de mais empresas citadas.
Roseli Barbosa foi presa preventivamente na tarde da última quinta-feira (20), em São Paulo, durante a Operação Ouro de Tolo, um desdobramento da Operação Arqueiro. Também sofreram detenção Nilson da Costa e Faria, Rodrigo de Marchi e Silvio Cezar Correa Araújo (Ex chefe de gabinete do então governador, Silval Barbosa). No total, 33 pessoas foram denunciadas pelo Gaeco.

Todo o esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão de Roseli. A Setas teria contratado a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso de “laranjas”. Na ação a qualidade desses cursos também é questionada.

O MPE narra um plano de desvio de verbas públicas, que seria encabeçado pelo denunciado Paulo César Lemes, o qual teria forjado a criação de institutos sem fins lucrativos “de fachada”, visando burlar a legislação e contratar diretamente com a Administração Pública, sem necessidade de concorrer em licitação.

Além da expedição de mandados de prisão em desfavor dos nominados líderes da organização criminosa instalada na Setas, também foi decretado o seqüestro judicial de inúmeros bens imóveis.

Fonte: Arthur Santos da Silva – Olhar Direto

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