Éder quer autorização para estudar fora de MT
O ex-secretário Éder de Moraes Dias, de Estado de Fazenda e da Copa do Pantanal (Secopa), aguarda respostas de conceituadas universidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para solicitar ao Poder Judiciário autorização que permita-o estudar fora de Mato Grosso.
“Desejo fazer doutorado, sim, com ênfase para o mercado financeiro. É um sonho antigo, acalentado desde antes de fazer parte do staff [secretariado], que vem sendo adiado há muito tempo por causa das funções públicas que ocupei e sempre tomavam quase todo o tempo”, citou ele, em entrevista à reportagem do Olhar Direto.
“Fiz sondagens em conceituadas instituições de ensino superior de São Paulo e Brasília. Depois, por sugestão de um amigo, também resolvi tentar no Rio de Janeiro. Estou esperançoso e ansioso, em voltar a estudar”, observou Moraes Dias, que é bacharel em Direito e Economia.
Éder Moraes não crê que, por causa dos processos aos quais responde perante o Poder Judiciário, vá ser impedido de deixar Cuiabá. “Eu pretendo estudar. Ampliar meus conhecimentos. Só isso”, pontuou ele.
Homem bomba
Desde 2003 até 2013, Eder Moraes ocupou os cargos mais importantes do Poder Executivo de Mato Grosso e teve participação estratégica em campanhas eleitorais. Ele foi presidente da Agência de Fomento do Estado (MT Fomento), secretário de Fazenda, chefe da Casa Civil, secretário extraordinário da Copa do Pantanal (Secopa) e, por fim, secretário de Relações Institucionais de Mato Grosso em Brasília.
Poderoso, admirado e temido, Moraes Dias desenvolveu projetos estratégicos nos governos Blairo Maggi (2003-10) e Silval Barbosa (2010-14).
Desde o ano passado, Éder Moraes é réu em processos criminais por entre os investigados na operação Ararath. Ele ficou preso duas vezes no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), por determinação do juiz Jefferson Schneider, titular da Quinta Vara Federal de Mato Grosso. Eder foi solto graças a um Habeas Corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Em outra vertente, Éder é obrigado se submeter a outras medidas restritivas impostas pelo juiz Jeferson Schneider, como não manter contato com os demais investigados e réus nos processos da operação Ararath; se recolher em casa sempre durante a noite (entre as 19h e as 6h); e também terá de se recolher durante sábados, domingos, feriados e dias de folga.
Fonte: Ronaldo Pacheco - Olhar Direto