Detento é assassinado por asfixia dentro da Penitenciária Central
O detento Welson Moura, de 30 anos, foi assassinado dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), na madrugada desta domingo (30).
O crime ocorreu no Raio 2, onde estão os detentos – tantos provisórios como sentenciados – de média periculosidade. Ele foi morto por asfixia – os presos teriam amordaçado a vítima para que não gritasse. Em seguida, apertaram o nariz para que ficasse sufocado e parasse de respirar. Outros criminosos ainda teriam colocado pano na boca da vítima, para que perdesse os sentidos.
Após o crime, presos começaram a gritar e bater nas grades chamando a atenção de agentes prisionais plantonistas.
Ao chegar ao local, os agentes depararam com o preso morto. Eles não informaram por qual crime a vítima cumpria pena ou se estava presa provisoriamente.
Esse é o segundo assassinato na PCE neste mês. No dia 11 de agosto, o detento Antônio Cassimiro, de 44 anos, foi assassinado dentro do refeitório da Penitenciária Central do Estado. Ele foi executado por asfixia mecânica tendo uma corda amarrada no pescoço. O assassinato ocorreu no final da tarde de terça-feira (25). Ele cumpria pena por homicídio.
Antes, os detentos exigiram que ele tomasse o chamado “coquetel da morte”, uma mistura de vários produtos químicos que o teria deixado atordoado. Em seguida, amarraram as mãos para trás e o asfixiaram.
No entendimento de policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, o crime seria um acerto de contas entre os detentos. Explicaram que, em casos como esses, a vítima estaria repassando informações para os agentes prisionais.
“É caso conhecido como Alcagueta. Mas não sabemos se se trata de um caso deles”, disse um policial.
POR ADILSON ROSA – MÍDIA NEWS