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Revoada para o PSDB começa com 10 prefeitos, secretários e deputados, admite governador

O PSDB está com uma lista de espera para filiações de prefeito, dado o tamanho da procura e não só –– segundo o governador Pedro Taques –– os já confirmados Adriana Vandoni, os deputados Dilmar Dal Bosco (DEM) e o pedetista Doutor Leonardo Albuquerque (este ainda coloca condicionais, mas admite que, abrindo a janela, senta nela, aceita a corte e está pronto ao namoro, além de garantir que segue Taques onde ele for), só pra citar os nomes mais conhecidos, mas pelo menos uma dezena de prefeitos. Ou seja, a tucanada está rolando no ninho à espera de novas aves.

Durante a minicoletiva que o governador costuma conceder de tempos em tempos, falou também de assuntos como impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) –– ao qual, ele diz,  há precedente jurídico e constitucional –– e  os repasses parados do FEX, entre outros assuntos.

Pedro Taques

“Minha decisão de ir ao PSDB não foi tomada depois que dormi, sonhei e decidi. Conversei com as pessoas que me ajudaram a chegar aqui, grupos políticos e vários prefeitos, vereadores e deputados que querem nos acompanhar. Isso não aconteceu só comigo, aconteceu com o governador Dante de Oliveira quando saiu do PDT e foi pro PSDB, aconteceu com o senador Maggi quando saiu do PPS e foi pro PR. Não estou dizendo que vai acontecer agora, mas que isso é normal, caso aconteça”, disse. 

Entretanto, revelou também que já recebeu a ligação de pelo menos 10 prefeitos afirmando que vão se juntar à revoada rumo aos azuis, amarelos e brancos. Perguntado se esse posicionamento poderia afastar o estado ainda mais de recursos devidos pela União, Taques disse não acreditar nisso nem por ter opinado “por liberdade de cátedra de direito” sobre o impeachment da presidente da República nem por sua aliança se aos arqui-inimigos do PT e da presidente Dilma Rousseff. Deixou claro que os comentários foram feitos por ele como professor de direito.

“O impeachment é uma ação política/jurídica, não é só jurídica. Portanto, não tem adequação como o direito penal e isso foi baseado no livro do vice-presidente da República, Michel Temer, Elementos de Direito Constitucional. (...) A questão do FEX não é política nem partidária, é uma questão de Constituição”.

O governador disse ainda que tem “certeza” de que alguém que chega ao cargo de governador ou de presidente da República não pode ter outros sentimentos que não sejam republicanos. “Não posso prejudicar, por exemplo, a prefeita Betsaba só por ser do PT, a Enercia, de Jauru, porque é do PT, o prefeito Beto Faria, de Barra, por ele ser do PSD. Não acredito que a presidente tenha esse sentimento”, disse.   

Afirmou, ainda, que o PSDB tem uma contribuição para o Brasil e ao Estado. “O PSDB defende um Estado mínimo e a possibilidade de a iniciativa privada investir e participar do crescimento do Estado, a concessão de PPPs [Parcerias Público-Privadas]... isso, pra mim, são questões importantes. Além disso, eu apoiei e pedi votos para Aécio Neves nos dois turnos e vencemos a eleição aqui. Isso significa que o cidadão mato-grossense também acredita no que estamos defendendo”.

vlt ararath

Taques voltou a alfinetar a 'Turma do VLT' e busca mecanismos para recuperar os recursos públicos desperdiçados

R$ 1 BILHÃO, BRT E RIVA

O governador voltou a lembrar que sempre defendeu a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) como modal de transporte da Capital e defendeu as auditorias feitas sobre as obras da Copa e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que teriam chegado ao número de R$ 750 milhões que não aparecem nas contas do Estado, dos tempos do antigo governador Silval Barbosa, e o mais de R$ 1 bilhão gastos só com o VLT.

“Defendi, desde o início, enquanto senador, outro modal, o BRT, mas quem tinha legitimidade e poder para decidir mudou para o VLT. Tem vídeos aí no Youtube, é só procurar. Agora, enquanto governador, vou vender mais de R$ 700 milhões de vagões? Não há como derrubar viadutos. O que podemos fazer é fiscalizar e discutir, com as auditorias, mecanismos para recuperar esses recursos (...). Esse dinheiro não é do governador passado, esse dinheiro é do cidadão”.

Taques disse que é favorável ao término da obra, que não pode ficar parada, e que auditorias e consultorias vão avaliar a viabilidade financeira de mantenimento da operação do modal de transporte e que não vai haver redução do trajeto de meros 22 quilômetros  entre as cidades de Várzea Grande e Cuiabá. "Mas sou a favor do término da obra do VLT, não podemos deixar ele parado por aí".

WILSON SANTOS FICA

Sobre a liderança da bancada governista na Assembleia Legislativa, deitou elogios. “O deputado Wilson Santos é o líder que está desempenhando um bom papel, em reunião com 21 deputados, todos elogiaram a liderança. O chefe da Casa Civil, que faz interlocução entre os poderes, também elogiou. Nem ele manifestou desejo de sair nem eu quero que ele saia, portanto, ele fica enquanto eu achar que ele deve ficar. Não tenho nenhum motivo para o retirar de lá”.

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA?

Sobre se o objetivo do PSDB e dele mesmo é formar uma chapa forte para a presidência da República com o senador e presidente do PSDB Aécio Neves, o governador fez aquele rame-rame habitual dos políticos, na base do "só se a sociedade decidir, só se o partido me forçar, só se as circunstâncias me obrigarem". Mas tudo, claro, filtrado pela habilidade do verbo em português sempre exibida por ele.

"O Aécio é um amigo, mas para partir para projetos outros, como se diz na gestão moderna, preciso performar em Mato Grosso. Como posso pensar em projetos outros, se ainda não terminei nem meus projetos aqui em Mato Grosso? Eu preciso terminá-los. Mato Grosso é um estado muito importante para o Basil, mas primeiro eu preciso terminar meus compromissos com o cidadão mato-grossense. Esse é o meu objetivo".

Por: RODIVALDO RIBEIRO – HIPERNOTICIAS

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