Juiz coloca líder do Comando Vermelho em liberdade por não considerá-la violenta
Presa desde maio deste ano na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, Glauce da Silva Neves, conhecida como “Gê”, 32 anos, teve sua prisão revogada no último dia 13 de agosto pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá.
Glauce é considerada pela Polícia Civil uma criminosa de altíssima periculosidade. Vale ressaltar que, quando foi presa, "Gê" foi autuada apenas pelos crimes de receptação e uso de documentos falsos, o que, para o magistrado, não representa motivo para ficar presa, por não ter cometido delitos usando violência ou ameaças a pessoas.
“Ademais, os delitos imputados à acusada não foram praticados com violência ou grave ameaça à pessoa e, sem prejuízo da materialidade e autoria delitivas, o caso concreto, em si, não autoriza a fixação de medida mais severa, em razão da natureza dos crimes que lhe são imputados”, explica a decisão.
Essa decisão vai contra as informações obtidas pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, que afirmou que ela, enquanto solta, recebia ordens de Sandro Louco e mandava cometer crimes bárbaros em Cuiabá.
Em um relatório da Operação “Grená” publicado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) no final de abril, Glauce é apontada como a principal responsável pela administração da organização criminosa. Segundo a investigação, a mulher tem a função de recolher as mensalidades dos membros que estão em liberdade, além de realizar reuniões para repassar todas as decisões ao “Conselho Final”.
Além disso, ela já foi detida por comandar assaltos na região metropolitana de Cuiabá. Em abril deste ano, ela foi presa pelo assalto à Padaria América, quando os criminosos levaram R$ 20 mil.
MAX AGUIAR – HIPERNOTICIAS