Nove partidos fecham pré-acordo para não apoiar reeleição de Taques
Anúncio foi feito pelo ex-prefeito de Lucas, Otaviano Piveta, que espera candidatura de Mauro ao Governo
O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), Otaviano Pivetta (PDT), afirmou que lideranças de nove partidos reunidas num “almoço” na última segunda-feira (9), em Cuiabá, firmaram um “pacto” de não apoiar o projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB). O encontro contou com representantes do PDT, PROS, DEM, PP, PSD, PC do B, PTB, PHS, e PRB.
As informações foram divulgadas no programa Resumo do Dia TV Brasil Oeste). “Foi pactuado aqui, declarado por cada um dos presentes dos partidos, é que o primeiro ponto em comum é que nenhum desses partidos vai apoiar o atual governo para a reeleição. Segundo: vamos começar a construir um projeto alternativo tanto de desenvolvimento quanto político eleitoral para o Estado de Mato Grosso para finalizar até o final do mês de abril, e a partir do mês de maio começar a definir nomes para as chapas”, disse Pivetta.
Estavam presentes no almoço o presidente do PDT de Mato Grosso e principal articulador da reunião, o deputado estadual Zeca Viana, a ex-reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder (PC do B), o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o ex-senador Osvaldo Sobrinho (PTB), os deputados federais Ezequiel Fonseca (PP), Fábio Garcia (DEM) e Adilton Sachetti (PRB), o suplente a deputado estadual prof. Adriano (DEM), o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o ex-senador Júlio Campos (DEM), o presidente do Pros no Estado, o vereador de Cuiabá Dilemário Alencar, além do ex-prefeito da Capital, Mauro Mendes (DEM). Mauro Mendes, que vem sendo apontado como principal liderança do grupo, e adversário mais forte do governador Pedro Taques numa eventual disputa pelo Governo do Estado, vem mantendo cautela sobre anunciar seu nome para a candidatura ao Governo do Estado.
Ele disse, no entanto, que seria “muito difícil” o grupo que vem sendo montado “tomar um caminho inverso” ao da oposição a gestão do atual governador. “Pela fala que eu vi da maioria dos que estavam aqui presente, todos mostraram descontentamento, frustrações, com a atual administração. Alguns foram enfáticos. Disseram que não caminhariam com esse atual projeto de governo que está no Estado de Mato Grosso. Alguns nas entrelinhas disseram isso, mas nós vemos que este grupo, se ele vai construir um projeto alternativo para Mato Grosso, certamente isso torna muito difícil tomar um caminho inverso lá na frente”, disse o ex-prefeito.
Já o ex-senador Júlio Campos afirmou que do grupo político que vem se formando sairão as candidaturas nas eleições de 2018. Ele disse que o almoço foi apenas a “primeira reunião” da nova frente de oposição. “Deste grupo político que está sendo constituído nós iremos ter um projeto alternativo de governo a partir de 2018. Esse grupo vai ter um candidato próprio a governador, a vice-governador, as duas vagas de Senado, as quatro vagas de suplente, e uma ou duas chapas de deputado federal, e uma, duas ou três chapas de deputado estadual, de acordo com a conveniência de maior número de ‘apoiamento’. É a primeira reunião que estamos fazendo. Não só o DEM esta participando como vários outros partidos que aqui vieram”, disse ele.
Já Zeca Viana, o principal articulador do encontro, disse que a tendência é de que o grupo seja “ampliado” para obter o apoio dos demais políticos descontentes com a gestão do governador Pedro Taques. “Vamos ampliar essas reuniões com todos os outros partidos que não concordam com a permanência do governador Pedro Taques em governar o Estado mais quatro anos e trazer esses partidos pra junto. Trazendo as ideias para elaborar um grande projeto. O que o Estado de Mato Grosso precisa e o porque nós vamos estar envolvidos neste projeto de desenvolvimento do Estado. Foi o ponta pé inicial. Foi muito boa a reunião de hoje”.