Taques: “Algumas empresas quebram também por fracasso”
Governador disse que carta de ex-aliados contra sua reeleição faz parte da democracia
O governador Pedro Taques (PSDB) ironizou as reiteradas críticas que o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), tem feito à gestão tucana, especialmente quando questionado a respeito de sua possível candidatura ao Paiaguás.
“Algumas empresas quebram também por fracasso”, rebateu o governador, em alusão às empresas do ex-prefeito, que estão em processo de recuperação judicial.
O próprio Mauro não esconde que sua decisão em sair ou não candidato ao Governo passa por uma avaliação quanto às finanças do grupo Bimetal, além de questões familiares.
Atualmente, cerca de 60% dos passivos, da ordem de R$ 100 milhões, estão sanados.
Carta
A declaração de Taques foi dada na noite da última quinta (26), antes de um jantar que reuniu 25 prefeitos do PSDB em Mato Grosso.
Na oportunidade, o governador se manifestou pela primeira vez em relação à carta assinada por 31 ex-aliados, na qual eles elencam os motivos pelos quais não apoiam à reeleição do governador. Mauro foi um dos signatários do documento.
“A Constituição garante o direito de manifestação verbal e escrito. Isso faz parte da democracia”, sintetizou Taques.
Ao longo do documento de quatro páginas, os ex-aliados afirmam que nutrem um sentimento de “decepção” em relação à gestão Taques.
Eles disseram também que acreditavam que Taques teria a “coragem” de tomar medidas necessárias para a transformação do Estado, o que não ocorreu.
Para os dissidentes, o governador passou a maior parte de sua administração “olhando no retrovisor” e culpando a gestão anterior, sob o comando de Silval Barbosa, pela crise instalada no Estado.
O documento é dividido em seis tópicos e, em cada um deles, são apontadas aquelas que o ex-aliados consideram as principais falhas do Governo.
Os itens são: “Aumento do caos na Saúde Pública”, “Não cumprimento dos compromissos de campanha de 2014”, “Gestão ineficiente”, “Faltou com a verdade”, “Quebra das finanças do Estado” e “Escândalos e fortes indícios de corrupção”.