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Dinho Porquinho, conhecido traficante carioca, é preso em Cuiabá

23270aac52924af2409a50222e5711d1Ele já foi condenado a 56 anos no Rio de Janeiro

Uma fiança no valor de R$ 14, 3 mil. Esse foi o valor arbitrado por um delegado da Polícia Civil de Cuiabá para liberar um motorista que dirigia um Honda Civic, bêbado e em alta velocidade e na contramão em uma avenida bastante movimentada na noite deste sábado (20) colocando em risco a vida de pedestres e outros condutores que também utilizam a via de acesso para o bairro do Porto, para a Avenida Beira Rio, na Capital e para a vizinha Várzea Grande. O fato foi registrado por volta das 22h.

O motorista não é qualquer pessoa, mas sim um conhecido traficante do Rio de Janeiro já condenado a 56 anos e 2 meses de prisão por crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e 3 homicídios qualificados praticados naquele estado. Ele também já ficou preso em Pernambuco sendo que até outubro de 2014, quando já estava preso em Cuiabá, ainda portava uma tornozeleira eletrônica pertencente ao estado de Pernambuco. Márcio Batista da Silva, 41, cujo apelido é Dinho Porquinho, aparece em diversas manchetes do noticiário nacional em matérias sobre dezenas de crimes pelos quais é acusado e alguns que já foi condenado.

Ele, inclusive, já despertou a atenção da imprensa internacional, pois conforme consta num dos processos de execução penal em Cuiabá, em agosto de 2017 ele pediu autorização judicial ao magistrado da 2ª Vara Criminal da Capital para viajar ao Rio de Janeiro com o objetivo de participar de entrevista com a emissora CNN (tv norte-americana).

Atualmente cumprindo pena no regime semiaberto e usando uma tornozeleira eletrônica, Dinho Porquinho mora em Cuiabá, no luxuoso condomínio Bonavita, na Rua Juliano da Costa Marques, bairro Jardim Aclimação. Conforme processos de guia de execução consultados pelo Gazeta Digital, ele tem autorização judicial para trabalhar e cursar Engenharia Civil na Universidade de Cuiabá (Unic).

Direção perigosa em Cuiabá

Márcio foi preso após ser flagrado por um major da Polícia Militar dirigindo o veículo Honda Civic de cor prata, placa OBK 7985 em alta velocidade e na contramão pela movimentada Avenida 15 de Novembro. Após fazer a detenção do condutor, o major solicitou reforço policial por volta das 22h.

Consta no boletim registrado pela PM que uma guarnição foi acionada pelo Centro Integrado de Ocorrência e Segurança Pública (Ciosp) para se deslocar até a Avenida 15 de novembro onde o major havia detido um homem que dirigia o Honda Civic em alta velocidade e na contramão pela avenida. O policial seguiu o veículo e realizou a abordagem. Quando a equipe de forço policial chegou ao local, deu continuidade à ocorrência e conduziu o motorista até a Central de Flagrantes.

Consta ainda que uma equipe do Batalhão de Trânsito foi acionada e compareceu à Central de Flagrantes, porém o suspeito se negou a realizar o teste de etilômetro (bafômetro). Narra o documento registrado pela Polícia Militar que o motorista ao ser indagado se tinha consumido bebida alcoólica, respondeu que sim e também apresentava “diversos sinais de embriaguez como fala alterada e olhos avermelhados”. Após isso, ele foi entregue algemado e sem lesões para a Polícia Civil para dar continuidade à ocorrência . O veículo com o documento e também a Carteira Nacional de Habilitação dele foram apreendidos.

Delegado mantém prisão e arbitra fiança

Já sob a tutela da Polícia Civil, Márcio foi questionado sobre os fatos que resultaram em sua prisão. Sobre a abordagem da PM, disse que não percebeu que inicialmente foi abordado por um único policial e que somente depois chegou uma viatura com outros policiais dando suporte à ocorrência e procedendo com a revista no interior do carro. Disse que não acompanhou a vistoria no veículo, pois já tinha sido colocado no camburão. O motivo inicial, segundo ele, é que estava usando tornozeleira eletrônica.

Sobre o horário dos fatos alegou que foi por volta das 20h e não às 22h, destacando que mesmo assim possui autorização para ficar ficar até a 00h por conta de seu trabalho e estudo. O interrogatório e confeção do auto de prisão foi encerrado às 2h pelo delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli.

O suspeito foi autuado com base no artigo 306 da Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro). Ou seja, por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, cuja pena prevista é detenção, de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Márcio estava acompanhado pela advogada Ariane Ferreira Martins Camargo que também assina o documento.

Ao final, o delegado arbitrou fiança de R$ 14,3 mil para que Márcio responda ao processo em liberdade. Ele permaneceu preso numa cela da Central de Flagrantes para ser encaminhado para a audiência de custódia, na qual um magistrado vai decidir sobre a legalidade da prisão e se a mantém ou se libera o suspeito.

Um breve histório da ficha criminal de Dinho Porquinho

sobre o assunto apontou que os imóveis estavam em nome de 2 mulheres de uma favela da Zona Oeste que atuavam como laranjas no esquema, segundo investigações da PF, e não tinham renda para ter os apartamentos. Elas teriam comprado os imóveis a pedido da namorada do criminoso. Elas eram consideradas foragidas da Justiça, assim como a então mulher do traficante.

A publicação também destaca que o traficante comandava o tráfico em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio e teria envolvimento na invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, quando um helicóptero da PM foi abatido por bandidos. Ele tinha várias mulheres também envolvidas com o tráfico no Rio de Janeiro.

FONTE: MIDIA NEWS

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