Mulher grava vídeo denunciando descaso de hospital com marido, é presa e ele morre após a prisão dela
Uma mulher foi presa após denunciar o descaso no atendimento com o marido na última terça-feira (23). Keila Pereira da Silva foi presa após fazer um vídeo denunciando a confusão na unidade hospitalar e o marido dela.
Após a confusão, ela foi encaminhada para a delegacia, onde funcionários relataram que ela se exaltou com alguns funcionários do hospital, de acordo com informação o paciente recebeu os devidos cuidados e foi submetido a uma cirurgia.
O marido da mulher foi internado com um corte na perna direita, após um acidente de moto. Seu irmão relatou que Cleiton Pereira da Silva foi desviar de uma poça de água quando se chocou com uma carreta. No acidente, ele cortou a perna direita em metais do veículo.
Segundo os familiares de João, os profissionais de saúde do hospital costuraram o corte sem realizar nenhum exame.
"Depois disso ele ficou bem. Passei uma noite com ele no hospital, conversamos e ele estava contente, fazendo brincadeiras. Depois de um tempo é que ele começou a sentir dor na perna", contou o irmão da vítima.
Segundo o irmão da vítima, no dia 23 de janeiro, a sua situação piorou, e João começou a ter desmaios causados pela dor intensa.
"A mulher dele vendo essa situação, assistindo o marido agonizando foi pedir socorro na enfermaria. Lá fizeram pouco caso dela. Eles a xingaram de drogada, doída e chamaram a polícia. Ela foi levada do hospital algemada", afirmou Cleiton.
Após a prisão da mulher, João foi levado para a sala de cirurgia, os médicos abriram o abdômen a procura do problema. Mas a vítima após a cirurgia não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
"Não estou acreditando ainda. A negligência médica aqui no município é muito grande. As pessoas que estavam esperando por cirurgia no mesmo dia assinaram uma ficha de desistência por causa do que aconteceu", contou Cleiton.
O caso é investigado pela Polícia Civil. Keila deve prestar depoimento nesta segunda-feira (29).
Veja o Vídeo a seguir:
Fonte: Agora MT